Escorrega essa sua boca em minha pele
Faz borbulhar os meus poros,
Dos quais em livre sentimento.
Corre com essa intolerância vadia
Que impede respirar
Vem despida, subindo como o ar
Lavando com esponja as paredes dos pulmões,
Leva todo nosso fulgor para dentro
Lá é o lugar.
Não deixe fora minhas mãos
Envolva as em seu coração
Guarde bem esse segredo.
Há uma escuridão na cabeça
Que se aquece como brasa
Não se preocupe criatura,
Você está em minha casa.
Prenda seus cabelos
Não deixe sair,
Olhe para o lado, espelhos
Eles brilham o seu brilho
Lindos reflexos,
Viajam pelas suas curvas
Que cheiram sexo.
(*) Francisco Assis Silva é poeta e militar – email: [email protected]