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, 27 maio 2024
 
 

O coordenador(a) pedagógico(a) como agente da Cultura da Paz no ambiente escolar

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Raimundo Soares - pastor e poeta - 05-08-13
“Conseguir resolver os problemas de disciplina/indisciplina e a violência na escola é um grande desafio e com certeza eles não se acabarão da noite pro dia, na verdade, sempre existirão”

(*) Raimundo Soares

Como em qualquer outro lugar, a escola é um campo de grandes vivências para o aluno. Ela propicia momentos diversos e fazem o aluno interagir nas diferentes áreas de sua vida. Assim, ele faz amizades, cria perspectivas, socializa, forma conceitos, recebe aprendizagem e adquire conhecimentos para as práticas e ações futuras, tanto na vida social, quanto profissional . Na escola, estão presentes as portas para o mundo, porque nela todas as classes se encontram e juntos compartilham suas diferentes concepções, pensamentos, ideologias, crenças e caráter. Todos querem conquistar seu espaço e muitas vezes os que “brigam” se relacionam com os “apaziguadores e pacificadores”. Este é um bom lugar para discutir e viver as concepções do respeito ao próximo, da cultura da paz e da boa ordem (disciplina). A escola nesse sentido pode construir essa ponte de ligação para criar um ambiente cada vez mais tranqüilo e acolhedor. O “PPP”( Projeto Político Pedagógico), documento maior que rege as ações escolares, deve fomentar questões norteadoras e direcionadas no sentido de promover o bom andamento de todo o ambiente escolar no sentido da construção de um espaço de paz. Sendo assim, promover eventos, palestras, encontros, cursos para pais e alunos com parcerias de órgãos competentes podem melhorar em muito essa questão em si.

Sabe-se que todos os fatos que acontecem no interior da escola e, muitas vezes nas imediações, são levados ao conhecimento da gestão. Assim, o coordenador (a), em grande parte, toma a frente desses fatos (mesmo que não seja de sua função específica) e procura ser um dos mediadores (as) na resolução dos problemas apresentados. Assim, comunicar aos pais, por escrito ou via telefone e fazer registros faz parte do seu dia a dia. Apesar de ser enriquecedor, esse momento tira muito tempo do coordenador (a), que às vezes fica a desejar nas práticas das ações pedagógicas (Eu me incluo nisto). Alguns desses momentos podem até ser simples, outros porém, levam muito tempo para serem feitos: Conversar com os alunos envolvidos, com os professores, fazer o registro e muitas vezes até ligar para os pais no caso de questões mais graves. Em casos mais extremos, o assunto é levado e encaminhado via ofícios aos órgãos competentes como o Conselho Tutelar e também a Promotoria da infância e Juventude, para que juntos encontrem soluções plausíveis. Desses casos encaminhados, a maioria são por faltas injustificadas ou brigas graves e comportamentos inadequados .

Conseguir resolver os problemas de disciplina/indisciplina e a violência na escola é um grande desafio e com certeza eles não se acabarão da noite pro dia, na verdade, sempre existirão. Isso compete não somente a uma pessoa, mas a todos os segmentos da unidade escolar: CDCE( Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar), pais, professores, alunos, etc. A violência, pode-se dizer que é um grande mal que assola as nossas escolas e muitas são as formas de manifestação. Como bem disse Aída Maria Monteiro Silvia no seu texto A Violência na Escola: A Percepção dos Alunos e Professores: “Já para diretores, coordenadores pedagógicos e professores, a percepção apresentada com maior freqüência é a da violência enquanto descumprimento das leis e derivada da falta de condições materiais da população, associando-a à miséria, à exclusão social e ao desrespeito ao cidadão” (p. 259).

Atualmente, além das indisciplinas comuns como discussões, xingamentos, palavrões, falta de respeito para com colegas e professores, brigas, entre outras, nos confrontamos também com os atos cibernéticos. Alunos, pais, professores e gestores podem entrar numa guerra virtual desnecessária quando postam, comentam ou curtem algo desagradável deturpando assim a moral um do outro. Tudo isso pode ser evitado com a prática da ética e da boa conduta nas redes sociais (isto é um outro artigo).

A prática da cidadania e da CULTURA DA PAZ é construída sobre elementos importantes e isso engloba principalmente a ação dos direitos e deveres de cada um. O respeito dado é transmitido, porém, precisa ser praticado. A escola, como formadora de opinião e também de caráter, pode criar e possibilitar práticas para o exercício dessa cidadania. Precisamos respeitar as pessoas como elas são, mas necessariamente não precisamos concordar com algumas práticas desenvolvidas por elas. É importante amar um aluno violento ou até usuário de drogas entre outros, mas temos que deixar claro que não concordamos com tais atitudes. Só podemos exercer a cidadania se levarmos em conta o respeito pelo próximo.

(*) Raimundo Soares de Andrade é coordenador da Escola Est. Eunice Souza dos Santos e agente da Cultura da paz. E-mail: [email protected]

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