O mês de maio vai lento
O tempo custa a passar
Quando a gente envelhece
Tudo anda devagar
Eu caminho lentamente
Não tenho porque me apressar
Já completei
Setenta e cinco primaveras
Com tal acúmulo de idade
Da vida pouco se espera
Tudo que era bom se acabou
Foram-se os sonhos e quimeras
Só vivo para o trabalho
E para escrever versinhos
Quase não vejo meus filhos
Tenho pouco contato com os vizinhos
A minha perspectiva
É de um dia morrer sozinho
Mas isso pouco me preocupa
Pois eu creio muito em Deus
Me esforço para andar direito
Já não são tantos os erros meus
E quando chegar este momento
Em paz darei o meu adeus
Tudo que devia fazer
Creio que já está feito
Sei que tenho minhas falhas
Porque ninguém é perfeito
Mas Deus é misericordioso
Creio que serei bem aceito!
(*) Valdir Xavier é poeta e morador em Rondonópolis
Eu gostei bastante deste poema pois fala de um senhor que é muito trabalhador e leva uma vida muito triste pois ele é um homem solitario mais um senhor batalhador com a vida e nao tem medo de Deus levá-lo porque ele cre em Deus…