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Rondonópolis
, 25 maio 2024
 
 

A organização social e as questões ecológicas

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A sociedade, há muito tempo, desde o período neolítico vêm se organizando em grupos, em família, sítios e estruturações sociais. A invenção da agricultura se tornou a mola propulsora desse processo de desenvolvimento humano e político.  A vida da humanidade se transformou totalmente com o advento da agricultura, pois de nômade, o homem passou a ser sedentário, ou seja, passou a morar fixamente em um determinado local.
Antes do surgimento da agricultura, o ser humano vivia no meio da natureza, coletando os frutos das árvores, pescando e caçando, usufruindo pacificamente de todos os recursos que a mãe natureza gratuitamente lhe proporcionava. Nesse período chamado de Paleolítico, o homem ainda não desmatava e nem degradava o ambiente, e por isso o espaço era denominado de Espaço Natural. A partir do momento em que ele passou a manusear a terra, arando e cultivando, plantando e colhendo, ali começava o processo de transformação da paisagem e degradação do espaço, o qual passou a ser chamado, no entanto de espaço produtivo ou geográfico.
Já se passaram aproximadamente 12 mil anos dessa revolução neolítica, e de lá pra cá, nunca mais o meio ambiente foi o mesmo. Utilizando inicialmente técnicas rudimentares e posteriormente técnicas e tecnologias cada vez mais avançadas, o homem passou a utilizar o espaço através do seu trabalho,  transformando-o gradativamente em um espaço de construções, local de transformações, tudo modificado de acordo com as necessidades da sociedade de sua época. Na medida em que as civilizações também modificavam sua estrutura de vida e se evoluíam, os biomas foram se alterando, cada vez mais aconteceram bruscas mudanças na paisagem, comprometendo a vida de todos os seres vivos e ecossistemas. 
Relacionando esse processo histórico com a nossa realidade, esse prenúncio de exploração e uso abusivo do espaço vem trazendo consequências drásticas a toda humanidade. A ação do homem no meio foi tão violenta no percurso da história, e ainda o é nessa contemporaneidade, que os ecossistemas de todo o mundo, os oceanos, enfim, todas as formas de vida, sejam vegetais ou animais sofrem muito com todo esse processo.   
Atualmente, o planeta Terra vem sendo acometido por um gigantesco processo de dilaceração ecológica, onde a economia global e a grande expansão do capitalismo trazem problemas ambientais de amplitudes locais e também mundiais. Questões como a rarefação da camada de ozônio, a desertificação dos solos e principalmente o aquecimento global trazem grandes preocupações a todo o mundo, principalmente nas nações mais desenvolvidas, que são aquelas que mais colaboram para tal processo de poluição e degradação. Os países em desenvolvimento, como o Brasil, a Índia, a China, além de outros, também possuem sua parcela de culpa, pois na medida em que seu dinamismo industrial e tecnológico se acentua, os problemas locais de ordem ambientais também vão aparecendo em maior escala. A ideologia consumista proposta pelo neoliberalismo vem consumindo também com os nossos ecossistemas mundiais. Nesse século XXI, as catástrofes climáticas vêm a cada ano trazendo tragédias por todos os continentes, aonde ondas de furacões no Atlântico Norte, trombas d’águas no Brasil e na Austrália, tufões no Pacífico oriental, tornados e ciclones na América do Norte, vêm de sobremaneira assustando a toda a humanidade. São fenômenos climáticos consequentes de emissões de poluentes, principalmente o dióxido de carbono, que promove o aquecimento global e  acarreta alterações climáticas em todo mundo, principalmente nos pólos, com o derretimento das calotas polares.  
O meio ambiente pede socorro, e a necessidade do desenvolvimento sustentável cada vez mais se acelera. O desenvolvimento industrial e capitalista somado a produção de alimentos devem continuar. Porém acima de tudo isso, existe a necessidade da manutenção desses biomas para que as gerações futuras venham também a desfrutar dessas riquezas naturais.  Isto é promover o desenvolvimento com sustentabilidade, garantindo vida a todas as espécies de seres vivos, seja a fauna e a flora, e fundamentalmente, mantendo a exuberância dos biomas terrestres e a pureza dos recursos hídricos e fluviais, para o benemérito de toda a existência, notadamente a vida dos seres humanos. 
Enfim, preservar o meio ambiente é colaborar na manutenção da grande obra da criação de Deus. Tudo foi criado por ele gratuitamente para o usufruto da mais bela de suas criações, que somos nós, os seres humanos, feitos sua imagem e semelhança. Preservar os ecossistemas é garantia de vida, e vida em abundância, pois as riquezas naturais estão por todos os continentes, para serem preservadas e mantidas para todas as gerações dos filhos de Deus, não só para essa geração, que só pensa em degradar e destruir e por fim, dizimar uma das grandes obras do Criador: a Mãe Natureza.
(*) Reuber Teles Medeiros é servidor público em  Rondonópolis e professor

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