Encerrando o ano letivo

Reuniram-se para o fechamento de mais um ano letivo e para se processar a revelação da costumeira brincadeira de amigo oculto, os acadêmicos do quarto ano de Direito da Unic Rondonópolis.
Quero dirigir-me respeitosamente aos leitores para tecer nesta coluna, deste conceituado jornal A TRIBUNA, algumas considerações inerentes ao nosso período de faculdade, até o presente momento.
Estava este colunista, lendo um artigo da nossa digna coordenadora, advogada e professora Viviane Carrenho Bortone, na qual ela incitava o leitor a falar de si próprio, em seus artigos, não envergonhar-se de divulgar os seus sentimentos, os seus desacertos, assim como as suas vitórias, suas conquistas. Agindo assim, estaria dando oportunidade para um melhor conhecimento do seu perfil, das suas dificuldades, e quiçá assim poder ser melhor compreendido e até ajudado, no meio em que vive.
Fazer o curso de Direito é um sonho por muitos acalentado, e durante o lustro que compreende o interregno da duração do mesmo, encontrar e assegurar, verdadeiras amizades é um mister, e que estas, não sejam volúveis como as nuvens que alteram a todo instante as suas formas, mas firmes, permanentes, como as rochas, e sobretudo amigos confiáveis.
Assim nos ensinou a professora Anita, ao nos ministrar aulas de psicologia jurídica, – “os adultos procuram amizades sólidas e duradouras, o que subtende que estes não estão mais para aventuras, não são projetistas, mas realistas. Aprender no mais curto espaço de tempo, algo que possa positivamente ser posto em prática até  mesmo paralelamente ao   aprendizado teórico”. Atualmente, passados quatro anos do início do curso, desde os mais jovens, todos já atingiram um grau de amadurecimento que faz a diferença.
Quanto aos nossos professores, se tivéssemos que testar (no sentido fazer um testamento) os nossos sentimentos, nós o faríamos deixando um legado a todos nossos professores – os quais teriam o direito de não aceitar –  que ocuparam cátedras durante o nosso aprendizado, dirigido à direção da instituição, para prestigiar todos  os mestres, pois estes nos proporcionaram um aprendizado digno, cumprindo ao pé da letra a grade curricular, até o presente, proporcionando-nos sair do vulgarismo e adentrarmos ao aprendizado técnico-científico, capacitando-nos (corpo discente) a nos compreendermos aceitando-nos mutuamente, fazendo-nos entendedores que a etnia  presente nos quadrantes de uma sala de aula é o reflexo de toda uma sociedade, como também está presente toda a sociedade representada num corpo de jurados, que balizam a decisão do juiz ao prolatar uma sentença.
Esta é apenas uma pequena amostra do esforço que imprimiram – direção, coordenação, professores e funcionários – no meio em que laboram, e é reconhecido pelos acadêmicos que vai além das suas obrigações.
Vale dizer que todos são igualmente importantes, para os discípulos, pois têm a educar o espírito, e somente estes são preparados, e podem fazê-lo, enquanto que a materialidade esta cumpre ao aluno buscar, e muitos podem ajudá-los, a começar pelos próprios familiares.
Confiamos a Deus alcançar o término desta jornada – ano vindouro – visto que  interrupções podem ocorrer a qualquer instante. Os fatores que para isto convergem são  muitos e das mais variadas razões. Sabemos  que a nossa vida é um bem indisponível, não nos pertence. Disse um sacerdote em uma celebração dominical – estejais preparados porque somos participantes dum  mesmo consórcio e podemos, a qualquer momento, ser contemplado.
(*) Cícero João de Carvalho é estudante de Direto –Email: [email protected]