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Tudo mudou

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noNascemos nos ano 30, 40, 50, 60 e não foi nada fácil para mudar os conceitos de várias gerações. Não faz mais do que 50 anos que apareceu a televisão, o chuveiro elétrico, o fusca, a declaração dos direitos humanos e a revista Playboy, para alegria de muitos marmanjos.
Casar, por exemplo, era para sempre e manter os filhos era somente até conseguirem emprego. As certezas eram duradouras. As avós eram velhinhas super simpáticas, mas hoje as mulheres de 40 ou 50 anos são um mulherão, graças às cirurgias plásticas, as academias, etc.
Normalmente nos vestimos como nossos filhos. Calças jeans, camisa pólo e sapato esportivo ou tênis. Na verdade não existem mais velhos como antigamente. Essa geração mudou tudo e se existem culpados esses são devido à 2ª Guerra Mundial, da Internet, da pílula anticoncepcional, do Muro de Berlim, da televisão, da globalização e da tecnologia.
Até morrer ficou diferente. Antigamente morria-se devagarzinho, aos poucos, a partir dos 57 ou 58 anos. Hoje, no entanto, se morre aos 80, 90 anos, de modo rápido. Parada cardíaca, derrame cerebral, dentre outros tantos males que matam, além de balas “perdidas”, que ultimamente virou moda.
A mulher sempre quis ter poucos filhos e conseguiu realizar esse sonho através da pílula, numa verdadeira revolução de atitudes e conceitos, pondo por terra tabus há muito enraizados.
Atualmente já não conseguimos mais sustentar a família e as mulheres partiram para a luta nas mais diversas profissões. Um sucesso. Mas, caso algo desse errado, é fácil a separação, difícil é pagar a pensão. Muitas mães são solteiras e chefe de família, porém com filhos de pais diferentes em muitos casos. Casamento gay, então, tão na moda, com ampla cobertura da mídia, antigamente nem pensar, dava cadeia.  Tudo mudou.
Infelizmente em 50 anos tiraram a filosofia da educação básica, com o pensamento reprimido, tudo virou libertação. Teologia disso e daquilo, inclusive teologia da pilantragem. Psicologia e pedagogia da libertação e deu no que deu, burrice liberada e burrice eleita. Palhaço naqueles tempos era o Carequinha. Hoje o povo inteiro é meio palhaço, meio pateta, tonto. Bandido, então, era o bandido da luz vermelha. Hoje os ladrões tomaram conta dos palácios, do Congresso Nacional e de uma cidade que antes não existia chamada de Brasília.
Experiência com feijão e algodão germinando a gente fazia na escola e não em vôo espacial, pago com algumas dezenas de milhões de dólares. Movimento social era reunião dançante e dia da mentira não era data nacional. Piercing somente índio usava. Tatuagem somente criminoso ostentava.
Caseiro não era mais ético do que ministro e quadrilha era dança junina e não motivo de existir partido político. Clube dos cafajestes eram uns inofensivos playboys cariocas e não representantes de um país inteiro.
As pessoas com mais de 50 anos estão meio tontas, mas vão levando. Alguns foram marxistas até descobrir que era um grande engodo. Ninguém tem certeza de mais nada e a música a tocar é “Help”, dos Beatles. Para Brasil, os caras com mais de 50 anos querem descer, já não agüentam mais.
Isso tudo dá um aperto no coração, pois é verdade, que a nossa realidade está de fazer vergonha. Mas será que alguém sabe o que é vergonha nos dias atuais?
(*) ORLANDO SABKA é morador em Rondonópolis –  E-mail: [email protected]

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