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, 19 maio 2024
 
 

Falta de padrão prejudica daltônicos

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noHoje 15 milhões de brasileiros, na proporção de 20 homens para cada mulher, têm alteração congênita nos cones, células da retina que distinguem as cores. A disfunção que provoca dificuldade na diferenciação de cores é chamada pelos especialistas de discromatopsia ou daltonismo. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do tráfego e membro da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego),o maior desafio dos daltônicos é tirar ou renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Por conta disso, não faltam iniciativas para facilitar a vida desta parcela da população. Além do projeto de Lei 4937/09 que tramita na Câmara com a proposta de alterar os formatos das lentes de semáforos, em Campinas (SP), as lentes amarelas ganharam uma tarja branca visando facilitar a visualização pelos portadores de daltonismo. Segundo Queiroz Neto, estudos mostram que 75% dos daltônicos têm dificuldade para enxergar a cor verde (deuteranopia), 24% a cor vermelha (protanopia) e 1% a cor azul (tritanopia).
Teste de Ishihara – O especialista afirma que resolução 80/98 do Código de Transito Brasileiro prevê que o candidato à CNH deve distinguir as cores do semáforo – verde, amarelo e vermelho – mas não especifica o tipo de teste de visão de cores a ser aplicado, nem exige o diagnóstico negativo de daltonismo.   O problema, comenta, é que muitos candidatos à habilitação são submetidos ao teste de Ishihara para conferir a capacidade de enxergar cores.
Formado por círculos coloridos com pontos em verde e laranja que formam números, letras ou desenhos, este teste impossibilita a leitura por daltônicos. Para o médico o teste de visão de cores com luzes ou cartões coloridos já é suficiente. Isso porque, explica, daltônicos congênitos aprendem a codificar as cores através de outros códigos, uma vez que nasceram assim. Além disso, têm capacidade de diferenciar cores que parecem iguais para o olho normal. No trânsito, explica, isso significa reflexo para desviar de obstáculos com antecipação o que naturalmente evita acidentes.
Medidas para melhor – Queiroz Neto diz que medidas para melhorar a visibilidade do daltônico no trânsito devem considerar às características da visão deste grupo.
O especialista chama a atenção para as placas de sinalização viária que não seguem os padrões de cor estabelecidos pelo Código de Trânsito Brasileiro e dobram o risco de acidentes. Isso porque, explica, placas em amarelo ou laranja sobre verde ou azul, comuns em pequenas cidades, se tornam invisíveis para daltônicos, além de dificultarem a leitura até por quem enxerga bem. As cores foram padronizadas para assegurar o fluxo do trânsito e a boa visibilidade dos motoristas, conclui.

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