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Uber, Airbnb, Cnote e outras tecnologias disruptivas

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Eleri Hamer

A conhecida fase “o mundo dá voltas” não faz mais o menor sentido. Na prática, o mundo dá piruetas, rodopia ou algo próximo disso. A velocidade é contínua e crescente. Nem precisa ser bom em física para entender isso. Basta um pouco de boa vontade e prestar mais atenção que o óbvio. Isso é ótimo para quem consegue acompanhar, mas é péssimo para quem é estático, falta agilidade ou tem dificuldade de entender o que acontece à sua volta. Ou ainda tem preguiça de correr e se esforçar esperando que os outros precisem fazer algo por elas.
Resumindo, está cada dia mais difícil de manter o status quo de cada um. Correndo talvez se mantenha, parado se perde (porque os outros avançam) e fazendo mais que os demais, é possível que avancemos. Como uma metáfora, isso do mundo girar mais rápido a cada dia, até pode soar distante, mas está bem pertinho da gente todo dia. Os negócios, por exemplo, podem se alterar da noite para o dia. Alguns surgem outros desaparecem ou definham. Ou pelo menos em espaços cada vez menores de tempo. As tecnologias cumprem um papel fundamental nisso.
Tecnologias disruptivas. Esse é o tema que afeta cada um de nós mesmo se tentarmos lutar contra. Para o bem e para o mal faz os mecanismos do jogo mudarem de uma hora para outra. Ocorre que a distância entre os que entendem e tem acesso para os que não compreendem o sistema ou mesmo não tem acesso é cada vez maior, também. Cria-se um abismo.
Ocorre que, como humanos que somos, temos sempre a primeira posição que é proteger o que temos e o que somos. Logo somos contra qualquer coisa que nos tire dessa zona conhecida e algumas vezes ‘de conforto’. Mesmo que às vezes ela nem seja confortável ou boa. Mas é conhecida e suportável. Um exemplo típico disso é o caso do Uber, do Airbnb, dentre outras empresas e seus aplicativos que mudaram todo um modo de fazer negócios. Quando foi lançado criou pânico por onde se instalou. Resultou em mortes inclusive.
O Airbnb foi rapidamente assimilado pelo setor de hospedagens e hoje há menos polêmica em torno dele, para o bem de nós consumidores que temos mais opções quando formos viajar. Mas o Uber é um exemplo emblemático da falta de entendimento, porque afeta justamente as empresas de táxi e liberta os taxistas da tirania do sistema que envolve o agenciamento e a pressão do Estado.
Contudo, quem mais protesta e faz valer seu grito de ‘útil ao alheio’ são exatamente os que poderiam se beneficiar mais. Leis e leis são propostas e criadas exatamente para inibir uma excelente oportunidade para eles próprios.
Assim, se os políticos e trabalhadores não entenderem isso tudo, vão ‘pagar-mico’ como o caso de um vereador local, dentre outros Brasil a fora, que tentam impedir, porque notadamente não conhecem entender (o novo sempre traz medo) ou eventualmente possuem algum interesse obscuro que obviamente não é o de proteger a classe que representam.
Ademais, também é importante notar que quando o Estado, se envolve em qualquer relação de trabalho, ou de prestação de serviços, seja ele municipal, federal ou estadual, normalmente encarece essa relação e a torna mais difícil, tanto para o prestador quanto para o seu tomador, o cliente.
As pessoas, sejam trabalhadores ou empresários, precisam entender que não existe mais reserva de mercado. Ninguém está seguro com sua atividade ou empresa. O evidente e certo é que as cosias mudarão, não interessa se no momento estejam bem ou mal. É nisso que precisamos estar preparados. Ponto.
Para termos uma ideia, semana passada teve o encerramento do festival SXSW (South by Southwest) em Austin, no Texas. Anualmente ocorre, no SXSW, o Accelerator Pitch Event. Uma batalha de startups de vários países que disputam investimentos, projeção e contato com investidores. Desse festival saiu o Twitter, por exemplo, dentre outros negócios inovadores.
Um dos ganhadores desse ano foi o CNote, uma plataforma de investimento, que promete no mínimo incomodar o sistema bancário, assim como o Airbnb e o Uber tem alterado o sistema de negócios em hospedagem e de transporte. Estejamos atentos.
Até a próxima.

(*) Eleri Hamer escreve esta coluna às terças-feiras. É professor, workshopper e palestrante – [email protected].

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1 COMENTÁRIO

  1. Fica claro q o autor não conhece o assunto a fundo, deveria ter se aprofundado mais antes de escrever.
    A Uber não liberta ninguém de máfia nenhuma, muito pelo contrário! Recentemente reportagem dá veja sp onde um repórter se aprofundou no assunto, e virou motorista dá Uber por um mês, chegou a seguinte comprovação de q o lucro líquido de cada motorista dá Uber não passa de 30 reais ao dia!
    Infelizmente isso é verdade e mostra como seu texto é fraco e descompromissado com a verdade!
    Aqui no RJ, alguns taxistas q pagavam diária, q não são todos, tentaram a sorte na Uber, nos primeiros meses lá em 2014 todos estavam felizes , hj nenhum deles continua na Uber! Pois o Uber com suas tarifas abaixo do custo é inviável a médio prazo!
    Quem consegue ter lucro numa corrida onde vc ganha 1,05 por km rodado num país q a gasolina custa 4 reais o litro, um pneu aro 14 300 reais, um litro de óleo 20 reais, e o preço médio do carro zero é 40.000?

    Rodando cerca de 8 mil km por mês entre corridas e deslocamentos vazio, seu custo com combustível e insumos pode chegar a 5mil reais, tirando a depreciação do veiculo, multas, batidas…

    Não amigo, a Uber não é melhor nem de longe do q pagar diária a dono de licença de táxi! Se assim fosse pq os taxistas q não tem licença voltaram para o táxi? É o óbvio q as licenças de táxi deveriam ser exclusivamente dos motoristas, não podendo locar a terceiros. Porém o sistema dá Uber é muito mais escravocrata do q o do táxi, pois a mesma mantém o motorista em condições subumanas com jornadas de trabalho que chegam a 14 horas por dia por um ganho líquido q não chega a 2 salários mínimos! E sem direito a férias, décimo terceiro…

    Então , encerro com uma pergunta já q o senhor defende a “disruptura” provocada pela Uber.
    Oq vc acha dá reforma previdenciária, trabalhista e dá lei dá terceirização?
    Pois , a proposta da Uber na prática para o trabalhador consegue se pior do q a combinação dessas três reformas juntas!

    Ass
    Taxista por dez anos, motorista dá Uber X até a ficha cair, e no momento taxista de novo, e se Deus quiser por muitos anos ainda!

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