A escolha da diretoria por Deivid como técnico da equipe principal do Cruzeiro para 2016 foi bem aceita no meio celeste. Tanto os jogadores do próprio elenco atual da equipe, quanto ex-atletas e ídolos do clube veem com bons olhos a preferência da direção. A velha guarda, no entanto, alerta para os riscos que o novo comandante poderá correr, principalmente pela falta de experiência.
Destaque do time sob o comando de Mano Menezes, o meia Ariel Cabral chegou quando Vanderlei Luxemburgo era o treinador. Terá o terceiro técnico no clube em menos de um ano. Indagado sobre os méritos de Deivid, só tem elogios a fazer ao ex-auxiliar e agora treinador.
“Todos aqui no clube sabem que ele trabalha muito, que trabalha muito bem. E acredito que possa armar uma boa equipe no Cruzeiro, para brigar por titulo que é bastante importante. Todo mundo fala bem dele. Acredito que possa assumir tranquilamente”.
VELHA GUARDA
Ídolo do Cruzeiro, Dirceu Lopes, que brilhou no clube nas décadas de 60 e 70, ressaltou o risco de se dar oportunidade a um treinador sem experiência no cargo. Mas aprovou a escolha pelo conhecimento que Deivid adquiriu desde a chegada, nesta temporada.
“É uma escolha de alto risco, sem dúvida, mas é um rapaz sério. Deivid conhece lá dentro. Se preparou para isso. Eu aprovo. Está por dentro de tudo o que acontece lá dentro do Cruzeiro. O Mineiro será um laboratório para ele. Espero que faça um bom trabalho”.
O capitão da conquista da primeira Libertadores do clube, Wilson Piazza, também falou sobre o fator risco, mas defende o fato de Deivid ter que começar a carreira de treinador em algum momento.
“Quando você sobe uma escada, você começa a subir um degrau pelo primeiro. É um ditado que vale para o futebol. Você tem que pegar experiência, maturação em um clube menor. Mas, no caso dele, já está lá dentro. É um risco que ele corre. Como ele sabe, e a diretoria também. Fica naquela obrigação de ser um treinador vencedor desde o começo. Se precisar de um tempo, às vezes, dependendo da situação, o Cruzeiro, como um todo – torcida, diretoria, imprensa -, não vai dar o respaldo necessário para que ele tenha a oportunidade de superar”.
