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César Cielo diz que foi pego pelo cansaço

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Cesar Cielo foi bem pragmático na zona mista após ficar com o bronze nos 50m livre. “Agora é bola pra frente. Preciso pensar no que posso melhorar. Não ficou tão ruim, saiu uma medalhinha de bronze.” Uma medalhinha na prova dos “cinquentinha”, como ele gosta de dizer.
O terceiro colocado disse que tinha de buscar sua calça, que tirara antes de subir no bloco, e deu por encerrada a entrevista. Caminhou rápido até à porta, que se fechou e o deixou longe dos olhos dos repórteres. Poucos minutos depois, com o agasalho, recebeu o bronze com semblante sério, sem demonstrar muita emoção. Caminhou depois da execução do hino francês rumo ao elevador dos atletas. Mas aí viu a mãe, Flávia, que chorava. E não conseguiu segurar suas lágrimas.
Carlos Arthur Nuzman, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, não estava preparado para pendurar o ouro no pescoço de um francês. Os tiques nervosos tomaram conta de seu rosto. Uma noite nada agradável – sua tarde fora bem melhor. Em companhia da mulher, ele se deleitou em Wimbledon, assistindo à vitória de Roger Federer sobre Juan Martin del Potro.
O francês Florent Manaudou conquistou a medalha que brilha mais (21s34), o norte-americano Cullen Jones ficou com a prata (21s54). Cielo (21s59) reclamou do calendário de provas. “O cansaço pegou. Sou o único (dos finalistas dos 50m) que nadou as três provas dos 100m livre – eliminatórias, semifinal e final. Não tive descanso e a explosão (muscular) ficou um pouco comprometida.”
Faltou explosão também na saída do bloco. Ricardo de Moura, superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, teve essa impressão. “Achei que ele não saltou tão bem do bloco, mas o PC, o nosso biomecânico, vai analisar as imagens e vai nos dizer melhor”, disse o dirigente, referindo-se a Paulo Cesar Marinho.
O tempo de reação de Cielo ao sinal de largada foi o melhor de todos (0,62s). Manaudou foi um centésimo mais lento. Cullen Jones reagiu em 0,66s.
Cielo foi elegante ao reconhecer os méritos de Manaudou. “O francês fez a melhor prova da vida dele. Essa medalha que ele conquistou foi com uma grande prova.”
Ao menos no discurso, Cielo disse que fez o melhor que pôde. “Não estou decepcionado. Eu fiz o melhor que podia. Da baliza à parede, fiz tudo o que podia fazer.”
O brasileiro disse que dará o devido valor à medalha. “Não estou 100% satisfeito, mas de qualquer maneira é mais uma medalha, a terceira medalha olímpica da minha carreira. Tem que valorizar isso, mesmo não sendo o ouro que eu queria, é uma medalha importante no meu quadro de medalhas olímpicas e de mundiais.”
O nadador, sexto colocado nos 100m livre, já se pergunta se vale a pena se desgastar na prova que lhe rouba a energia que deveria armazenar para os 50m. “Agora é pensar se vale a pena continuar competindo nos 100m livre, se a agenda de competições continuar deste jeito. E pensar no que dá para melhorar.” Depois, Cielo não apareceu na sala de coletivas. Está marcada para hoje, na Casa Brasil, uma entrevista com o terceiro homem mais rápido do mundo nos 50m.

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