Miralles chega e quer fazer estreia no domingo

Miralles assinou contrato nesta quinta-feira, nem treinou ainda, mas já deve estrear contra o Internacional, neste domingo, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. A sua escalação resolverá em parte a situação quase de desespero de Muricy Ramalho. O treinador não tem jogadores de ataque, torce pela chegada de novos reforços de qualidade e, a curto prazo, pela liberação de Neymar, Paulo Henrique Ganso e Rafael da seleção olímpica para ajudar o Santos no Sul, possibilidade considerada remota até pelos dirigentes.
“Estão faltando jogadores de frente. Então fico à disposição para ir para Porto Alegre”, disse Ezequiel Miralles, de 28 anos, argentino naturalizado chileno, que, depois de um ano de Grêmio, só tem motivos para se queixar. “Fui contratado a pedido de um treinador (Renato Gaúcho) que foi mandado embora 15 dias depois da minha chegada. Em um ano, o Grêmio trocou de técnico cinco vezes e por isso tive poucas oportunidades”.
Em 24 jogos no Grêmio, Miralles marcou apenas seis gols, média muito inferior ao que teve no Colo Colo, do Chile, com 34 gols em 54 partidas. Sua maior bronca é com Celso Roth. “Ele falou coisas sobre mim na imprensa que não poderia falar”. Fora da coletiva de imprensa desta quinta, ele chamou o treinador gaúcho de “topeira” e lamentou não ter consumada a sua transferência para a Vila Belmiro, no ano passado – o Grêmio passou a perna no Santos, ficou com o argentino e liberou Borges – para substituir Zé Eduardo.
Miralles ainda não é o atacante de qualidade que a diretoria promete contratar para acabar de vez com a crise que tomou conta do clube após a eliminação na Copa Libertadores. Fala-se que pode ser Robinho, que pretende retornar ao Brasil para assinar com o Santos o seu último contrato como profissional. Como o Milan ofereceu sete milhões de euros (aproximadamente R$ 18 milhões) pelo goleiro Rafael, os dirigentes santistas acreditam na possibilidade de uma negociação casada. Outro nome que ganha força é André, que perdeu a posição para Jô no Atlético Mineiro. Conta a seu favor a sua forte amizade com Neymar.