O Corinthians está a dois passos do paraíso. O maior sonho da Fiel nunca esteve tão perto de ser realizado. Faltam “apenas” 180 minutos e o penúltimo degrau para o clube alvinegro poder alcançar o topo da América será vencido nesta quarta-feira, a partir das 20h50, no mítico estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, diante do perigosíssimo Boca Juniors.
Com um time sem craques, formado apenas por operários, o Corinthians, enfim, chegou à final da Copa Libertadores depois de 52 anos de história da competição. E é justamente essa face “cascuda” e “raçuda” da equipe que faz o seu torcedor acreditar que “deste ano não passa”.
Com esse time de Tite, não há ousadia. A equipe vai ao ataque na base do conta-gotas. Parece saber exatamente o que quer do jogo e não se deixa levar pelo adversário. Se não marca muitos gols, pelo menos não toma também – foi vazado apenas três vezes em 12 jogos, melhor marca da história da Libertadores. A maior prova de que dá para confiar nesse time foi dada à Fiel nas semifinais contra o Santos. Sem jogar um futebol vistoso, de encher os olhos, a equipe soube anular as principais peças do atual campeão da Libertadores (leia-se Neymar e Paulo Henrique Ganso) e aproveitar os espaços oferecidos. Simples assim, chegou à decisão com todo merecimento.
Contra o Boca Juniors, a tática não será alterada. Sem se expor, a meta é voltar para casa com pelo menos um empate. Na pior das hipóteses, derrota por apenas um gol de diferença – na final, gols marcados fora de casa não contam mais como critério de desempate. Em uma decisão de 180 minutos, Tite sabe muito bem que é importantíssimo chegar no dia 4 de julho, no Pacaembu, em boas condições. Além de fazer bem para o moral do grupo, isso inflará ainda mais a fanática torcida corintiana.
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