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Jogadores que atuam na Espanha ameaçam entrar em greve

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Depois de anos de abundância, o futebol espanhol volta à dura realidade. A Associação de Futebolistas Espanhóis convocou nesta segunda-feira uma greve diante da constatação de que 200 atletas da primeira e segunda divisões do país estão sem receber salários ou com pagamentos atrasados.
Os clubes teriam dívidas de milhões de euros e alguns já decretaram concordata. Apesar da decisão, os jogadores decidiram que a greve não ocorreria na próxima rodada, que terá o esperado enfrentamento entre Real Madrid e Barcelona, líderes do Espanhol A greve está marcada para os dias 17 e 18 de abril.
Essa seria a terceira vez na história que o futebol espanhol pararia. Pelos cálculos da entidade, 85% dos salários do futebol espanhol estão já sendo pagos com atraso. Em 1979, os jogadores entraram em greve por direitos trabalhistas. Em 1984, outra greve, desta vez apelando por mudanças na relação entre clubes e jogadores. Desta vez, o motivo é a crise financeira que assola muitos clubes.
Um levantamento feito pela Uefa indicou há poucas semanas que mais de 50% dos clubes europeus estão endividados e que 20% deles estão em situação crítica. Os jogadores querem que a Liga de Futebol Profissional (LFP), que organiza os campeonatos nacionais, dê uma solução para clubes em crise. O Xerez já está em concordata e o Mallorca está à ponto de quebrar. A dívida apenas em salários aos jogadores chega a 7 milhões de euros. O Valladolid é outro clube ameaçado.
A ideia seria a de pressionar para que dívidas sejam solucionadas e que principalmente os clubes da segunda divisão recebam alguma ajuda. Alguns dos jogadores haviam sugerido que a paralisação fosse convocada exatamente no fim de semana do clássico mais esperado da Europa, entre Real Madrid e Barcelona. A greve na rodada do jogo seria uma forma de lembrar que não só de grandes astros e de salários extremos vive o futebol. Mas, pressionados, os atletas foram obrigados a adiar a decisão. A greve vem ainda no momento em que a Liga mostra suas desigualdades mais profundas. O campeonato virou um duelo apenas entre o Real e o Barça. O Valencia está a mais de 25 pontos de distância, na terceira colocação.
Tanto o Barcelona como o Real também tem dívidas milionárias. Mas a grande diferença é que os dois times ainda têm uma renda com a TV que chega a ser quatro vezes superior a de qualquer outro time da Liga. Suas receitas são seis vezes maiores à média da Primeira Divisão. Os dois clubes alegam que contam com 65% dos torcedores espanhóis e, portanto, precisam ter rendas diferenciadas.
Mas a desigualdade pode estar minando a atratividade do campeonato. Há dez anos, o Valencia vencia por dois anos a Liga, chegou às finais da Copa Uefa, enquanto que Sevilha, Villarreal e Deportivo La Coruña também despontavam entre os melhores da Europa.

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