“Você não tem ideia de quantos atacantes nós já sondamos”. A frase do diretor de futebol Pedro Luiz Nunes Conceição resume a rotina atual da diretoria santista: a incessante busca por um camisa 9. Nesta quinta-feira, por exemplo, o Santos perdeu mais uma das opções, já que o Atlético-PR chegou a um acordo com o América-MG e fechou a contratação de Bruno Mineiro. O mesmo já havia acontecido com “El Loco” Abreu, Souza, Herrera e Rafael Coelho.
Também nesta quinta-feira, as ligações foram feitas para os representantes de Dênis Marques e Obina. Ambos do Flamengo. A indicação de Dorival era Dênis Marques e o primeiro contato aconteceu no início da semana. A ideia de Obina apareceu após a contratação de Vágner Love pelo Flamengo.
“O Dênis está numa situação tranquila porque tem contrato no Rio até o final do ano. O desejo dele é ficar. Vamos ver o que vai acontecer”, disse o empresário do atacante, Paulo Sérgio Bellotti. “Eu não vou ficar comentando nomes porque estamos trabalhando em várias frentes. Não posso dizer que não interessam”, desconversou Pedro Luiz Nunes Conceição.
A preocupação dos cartolas é não decepcionar a torcida. A diretoria tenta evitar que os nomes pretendidos vazem para a imprensa. Até agora, não conseguiram. Mas, pelo menos, ninguém apareceu reclamando de funcionário do clube que seria dedo-duro, como aconteceu em 2009.
Uma das dificuldades é fazer o Flamengo liberar os dois atacantes. O empresário de Obina, Eduardo Uram, descarta qualquer conversa com o Santos, mas elas efetivamente aconteceram. Ele pediu um contrato de dois anos. Mas o clube está disposto a oferecer acordo apenas até o fim de 2010.
“Já fomos atrás de diferentes jogadores e disputamos com outras equipes, o que é normal no futebol. Algumas vezes ganhamos, outras vezes perdemos, como foi o caso do Rafael Coelho para o Vasco”, constatou Dorival Júnior.
A situação é tão difícil que o técnico chegou a lamentar a saída de Kléber Pereira, jogador que a torcida contou as horas para deixar a Vila Belmiro. Deixou claro que, se quisesse, o centroavante ainda teria lugar no elenco santista.
No jogo-treino desta quinta-feira, contra o Paulista, Dorival Júnior testou Zé Eduardo como o homem mais avançado. Mas, diante do fraco desempenho do jogador, apressou-se em explicar. “Foi só um teste para ver se encontro um jogador ali na frente”, contou o treinador, após a vitória santista por 3 a 1.
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