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Rio joga sua sorte em eleição sem favorito

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Rio aposta nas belezas naturais para ser a cidade escolhida hoje em Copenhague
Rio aposta nas belezas naturais para ser a cidade escolhida hoje em Copenhague

A sorte de quatro das metrópoles mais importantes do mundo será lançada hoje, em Copenhague, na Dinamarca. Em uma eleição cujo resultado é imprevisível, Rio, Madri, Tóquio e Chicago disputam a honraria de se tornar a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Bem mais do que uma simples escolha esportiva, trava-se uma verdadeira guerra pelo voto dos membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), numa disputa política e econômica sem precedentes na história do esporte.
Copenhague viveu na quinta-feira o ritmo frenético de encontros entre representantes das candidatas e membros do COI. Por toda a cidade, batedores da polícia dinamarquesa abriam espaços para as comitivas oficiais do Rio, Chicago, Madri e Tóquio. Entre recepções e eventos oficiais, pesos pesados da política internacional, como o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o rei da Espanha, Juan Carlos, cortejavam os últimos delegados indecisos ou influentes.
No jogo de influências políticas, Chicago e Tóquio lançam suas últimas cartadas apenas nesta sexta-feira. Diante da presença de Lula e do rei Juan Carlos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarca em Copenhague para se juntar à primeira-dama Michelle Obama, que chegou dois dias antes para fazer campanha, e manifestar seu apoio à candidatura norte-americana, defendendo justamente na cidade que foi seu berço político. Enquanto isso, os japoneses apostam na presença do recém-empossado primeiro-ministro Yukio Hatoyama.
A mobilização se explica pela perspectiva de que a escolha seja decidida por uma margem de “dois ou três votos”, como antecipou o presidente do COI, Jacques Rogge. Nesta quinta-feira, ele reforçou o status da eleição, que chega à final – após dois anos de etapas seletivas – sem favoritos. “Pela primeira vez, todas as quatro cidades candidatas têm condições plenas de realizar os Jogos Olímpicos”, afirmou o presidente do COI, em discurso de abertura do Congresso da entidade, na noite de ontem, na Ópera de Copenhague.
Também pela primeira vez na história, o Brasil tem chances reais de receber os Jogos Olímpicos. Depois de dez anos e mais de R$ 150 milhões já gastos em campanhas, o Rio e o governo federal concentraram todos os esforços para conquistar a honraria. “O Rio foi muito bem durante toda a campanha. Foi muito profissional”, testemunhou um dos maiores nomes da história do esporte mundial, o ucraniano Sergei Bubka – o supercampeão do salto com vara é hoje um membro do COI.
Personificação do esforço brasileiro, Lula acentuou nesta quinta-feira à imprensa internacional os dois pontos que considera determinantes para a escolha do Rio: o ineditismo de uma Olimpíada na América do Sul e o sucesso do Brasil frente à crise econômica que abalou todos os seus concorrentes. “Nós queremos mostrar que o Brasil é o único país entre as 10 economias do mundo que nunca realizou uma Olimpíada”, afirmou o presidente. “Quando o sistema financeiro internacional entrou em crise, o Brasil mostrou que tinha o melhor sistema financeiro. Entramos por último e saímos primeiro da crise.”
Lula enfatizou o discurso financeiro, reiterando que o governo é fiador da campanha, porque tudo indica que o tema será decisivo para os membros do COI. Todos os eleitores consultados pela reportagem deixaram claro que a recessão desempenhará um papel importante na decisão desta sexta-feira, já que a metrópole escolhida terá de provar que terá envergadura financeira para custear as obras.
Abalada pela crise, a Espanha transforma a candidatura de Madri – a cidade na qual 77% da infraestrutura já estaria pronta – em uma batalha. “A campanha olímpica é uma questão de Estado para a Espanha”, afirmou o primeiro-ministro do país, José Luis Zapatero, outro que está em Copenhague fazendo campanha. Depois de muito lobby nos últimos dias, o passo decisivo pode ser dado durante a apresentação final de cada cidade, que acontece hoje, antes da votação. Chicago, Tóquio, Rio e Madri terão pouco mais de uma hora cada para provar que merecem ser a escolhida para receber a Olimpíada de 2016. Logo depois, os membros do COI votam. E a vencedora será anunciada às 12h30.

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