Nos últimos anos, o Botafogo se acostumou a disputar decisões no Campeonato Carioca. Mas na final da Taça Guanabara, que acontece neste domingo, o Alvinegro enfrentará uma situação que muitas vezes é escorregadia. Diante do Resende, o Glorioso entra em campo carregando todo o favoritismo, e, para isso, se prepara técnica e emocionalmente. O Botafogo tem em seu currículo quatro títulos da Taça Guanabara, que conquistou nos anos de 1967, 68, 97 e 2006, além de nove vices, enquanto o Resende tenta levantar este troféu pela primeira vez. Caso haja empate após os 90 minutos da final deste domingo, o título será decidido nos pênaltis. O campeão garante vaga na decisão do Campeonato Carioca, contra o vencedor da Taça Rio.
Para que tudo saia de acordo com a maior probabilidade, o Botafogo encara o Resende como um de seus principais rivais. O discurso de Ney Franco e de seus comandados passa invariavelmente pelo respeito ao adversário e a lembrança de que, se quiser mesmo fazer valer o seu favoritismo, o Alvinegro terá de entrar em campo com total seriedade.
“Quando a final é entre dois clubes grandes, a responsabilidade fica 50% de cada lado. Mas neste domingo, ela será toda nossa. Mesmo assim, não podemos nos dar ao luxo de ir a campo sem a melhor preparação, e não se deve pensar que o favoritismo é suficiente para vencermos a decisão”, avisou o treinador.
Este pensamento parece que foi bem absorvido pelos jogadores do Botafogo. E a doutrina foi lançada por Ney Franco, mal terminou o clássico contra o Fluminense, pela semifinal da Taça Guanabara. O treinador fez questão de mostrar aos jogadores que o Alvinegro não pode se tornar mais um grande a ser surpreendido numa final por uma equipe de menor expressão.
“Pedi aos jogadores que tivessem em mente os casos em que pequenos venceram grandes, e vice-versa. Numa decisão como a de domingo não se pode falhar, pois existe apenas uma partida, e, por isso, não há chance de recuperação”, ressaltou o técnico.