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, 15 junho 2024
 
 

País corre o risco de ficar preso nos engarrafamentos

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Brasília

Na semana escolhida pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para concentrar as campanhas de conscientização e respeito no trânsito, o urbanista e professor da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Flósculo alertou que esse tipo de iniciativa é um paliativo para o problema. Segundo ele, são necessários grandes investimentos na reformulação do modelo das cidades brasileiras.
A previsão do especialista em planejamento urbano, para os próximos anos, não é animadora. De acordo com ele, se o governo continuar investindo em ampliação, recuperação de vias e facilitando o acesso à aquisição de novos veículos, o país ficará preso nos engarrafamentos. “As cidades no Brasil nascem de forma desordenada, constroem-se casas, prédios em locais onde não há espaço para a malha viária. O país deve investir na concepção de cidades verdes, que estimule a não utilização do transporte particular, lugares que favoreçam o transporte de massa não poluente”, diz Flósculo.
O urbanista avalia que é necessária a recondução das políticas voltadas para o trânsito. E afirma que, no Brasil, há recursos suficientes para se promover essas mudanças. “Nós temos dinheiro pra isso, o que não temos é governantes dispostos a promover essa mudança. É mais fácil e cômodo manter essas medidas paliativas”.
Às vésperas de grandes eventos, como a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, Flósculo estima que haverá uma “maquiagem” com relação à acessibilidade. “O Brasil, como sempre, se vira. Mas fora dos centros onde acontecerão os jogos, as pessoas vão estar engarrafadas. Houve anúncios de investimento em vários estados, mas é o mínimo do que pode ser feito”, observa o especialista.
Entre as propostas que deveriam fazer parte da reestruturação das políticas nacionais para o trânsito, Flósculo destaca investimentos na educação. Para ele, as escolas devem formar cidadãos que conheçam e respeitem a legislação de trânsito. “Investimento massivo em educação parece que não acontece. Até mesmo Brasília, que é tida como o exemplo no respeito à faixa de pedestre, está enfrentando uma situação de baixo investimento”, conclui. (Fonte: Agência Brasil)

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