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, 16 junho 2024
 
 

Diesel já responde por 53% das emissões de dióxido de carbono

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O diesel, usado principalmente no transporte de carga, é o combustível que mais tem colaborado para as emissões pelos escapamentos de dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa, no Brasil. Em 2009, o diesel respondeu por 53% das emissões do transporte rodoviário do País, seguido pela gasolina, com 26%.
O primeiro inventário nacional de emissões veiculares mostra que a grande participação desse derivado do petróleo nas emissões de gases que provocam o aquecimento global tende a se manter: em 2020, deve ser responsável por 49% das emissões de CO2.
Para reverter essa situação, especialistas que participaram da elaboração do relatório afirmam que o País não pode apenas centrar sua preocupação em substituir a gasolina pelo álcool, com os carros flex fuel. “A troca é importante, mas não resolverá o problema”, diz André Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), que integrou o grupo de trabalho criado pelo governo para fazer o inventário.
O álcool também emite gases-estufa, mas a cana-de-açúcar compensa parte importante dessas emissões ao absorver CO2.
O diesel tem outro problema no Brasil: possui alta concentração de enxofre, o que é bastante prejudicial para a saúde da população. Já deveria estar em uso desde 2009 no País um diesel de melhor qualidade e menos poluente, mas houve um adiamento da medida.
Segundo Ferreira, para reduzir as emissões é importante investir nos motores e em logística para melhorar a eficiência do transporte rodoviário de carga. Mas, principalmente, é preciso priorizar outros tipos de transporte, como o ferroviário.
Nos EUA, no Canadá, na Austrália e na Rússia, por exemplo, o transporte ferroviário da carga tem uma participação muito maior do que no Brasil. Na Rússia, por exemplo, o transporte de mercadorias sobre trilhos atinge 81%, contra 8% do rodoviário. Já no Brasil, 58% das cargas circulam por rodovias, enquanto 25% por ferrovias.
EXPECTATIVA
A frota do País (carros de passeio, caminhões, ônibus e motocicletas) passou de 9,3 milhões de veículos em 1980 para 38,2 milhões em 2009 – aumento de 310,7%. As emissões de CO2 do transporte rodoviário passaram de 65 milhões de toneladas para 167,1 milhões de toneladas (aumento de 156,6%).
Em 2020, a expectativa é de que a frota chegue a 48,7 milhões de veículos e o setor de transporte rodoviário emita 267,5 milhões de toneladas de CO2. (Fonte: Agência Estado)

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