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, 19 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: sem novidades
O mercado brasileiro de soja teve uma semana de poucos negócios e de dificuldades para encontrar um direcionamento para os preços. No balanço dos últimos sete dias, os principais referenciais para o mercado físico brasileiro – câmbio e Bolsa de Chicago – apresentaram poucas oscilações, dificultando a movimentação interna. O relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também frustrou a expectativa do mercado.
Entre os dias 3 e 10 de janeiro, o preço da saca de 60 quilos passou de R$ 50,50 para R$ 50,00 em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. No mesmo período, o preço pulou de R$ 49,50 para R$ 50,50 em Cascavel, no Paraná. Na região de Rondonópolis, no Mato Grosso, a cotação subiu de R$ 44,00 para R$ 45,00. Em Chicago, os contratos com vencimento em março passaram de US$ 14,33 para US$ 14,35 por bushel no período. O dólar comercial subiu de R$ 1,670 para R$ 1,671.
O relatório de fevereiro de oferta e demanda norte-americana, divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), manteve os números inalterados na comparação com janeiro. O mercado esperava um corte nos estoques finais americanos.
O USDA estima produção de 3,329 bilhões de bushels, o equivalente a 90,6 milhões de toneladas. Com isso, os estoques finais foram mantidos em 140 milhões de bushels (3,81 milhões de toneladas). A estimativa para a exportação permaneceu em 1,590 bilhão de bushels ou 43,27 milhões de toneladas. A projeção para esmagamento também repetiu o relatório anterior: 1,655 bilhão de bushels ou 45,04 milhões de toneladas.
Principal importador mundial da oleaginosa, a China deverá produzir 14,4 milhões de toneladas. A projeção para as importações chinesas foi mantida em 57 milhões de toneladas.
ALGODÃO: aumento na produção
A safra brasileira de algodão em pluma na temporada 2010/11 está estimada em 1,950 milhão de toneladas, um aumento de 63,3% na comparação com as 1,194 milhão de toneladas indicadas na safra 2009/10. Os números fazem do quinto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na quarta-feira, dia 9.
A produtividade das lavouras está estimada em 1.495 quilos de algodão em pluma por hectare, ante 1.429 quilos por hectare na temporada 2009/10. A área plantada com algodão na temporada 2010/11 está estimada em 1,304 milhão de hectares, um avanço de 56,1% na comparação com os 835,7 mil hectares da safra  passada.
O Mato Grosso, principal Estado produtor, deverá colher uma safra de algodão em pluma de 994,2 mil toneladas, número que representa um acréscimo de 70,4% ante 2009/10, quando foram produzidas 583,5 mil toneladas. A Bahia, segundo maior produtor de algodão, deve colher 593,9 mil toneladas de algodão em pluma, elevação de 46,0% sobre 2009/10 (406,8 mil toneladas). Goiás deverá ter uma safra 2009/10 de 151,0 mil toneladas, com acréscimo de 72,8% sobre 2009/10 – 87,4 mil toneladas.
No mesmo dia, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou o relatório de fevereiro de oferta e demanda mundial. O USDA estimou a produção global de algodão em 115,25 milhões de fardos para a temporada 2010/11, contra 115,46 milhões projetados no mês passado.
A produção dos Estados Unidos na temporada 2010/11 está estimada em 18,32 milhões de fardos, repetindo o mês anterior.  As exportações deverão ficar em 15,75 milhões de fardos em 2010/11, mesmo patamar do relatório passado. O consumo interno foi previsto em 3,60 milhões de fardos, também inalterado. Baseado nas estimativas de produção, exportação e consumo, os estoques finais norte-americanos foram previstos em 1,90 milhão de fardos para a temporada 2010/11, mesmo nível do relatório passado.
BOI: volume de negócios aumenta
O mercado físico do boi teve uma semana de oferta gradual crescente. Com isso, as cotações cederam, sobretudo na Região Norte do país. Em virtude da melhor oferta, houve um aumento do volume negociado, conforme o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
A demanda em si segue aquém das expectativas, com possibilidade de normalização durante a próxima virada de mês. A melhor oferta de boi gordo deve-se ao período de safra em que o mercado está inserido. Tal safra tardou a chegar ao mercado por conta da estiagem ocorrida nos meses de setembro e outubro, justificando as cotações elevadas durante o mês de janeiro. A tendência natural é que a disponibilidade de carne bovina melhore nos próximos meses.
O mercado atacadista apresentou queda de suas cotações nos cortes de dianteiro, que no momento estão cotados a R$ 4,70, queda na ordem de R$ 0,10, sinal de que o consumo está voltando a sua normalidade. Os cortes de traseiro permanecem com sua cotação inalterada em R$ 7,70. Com a nova relação de oferta e demanda, os preços devem continuar se ajustando nos próximos meses.
Em São Paulo, a arroba foi negociada mais alta, a R$ 103 contra R$ 101/102 à vista de preço médio, livre de Funrural de anteontem. Em Mato Grosso do Sul, mercado inalterado em R$ 93/94,00 arroba, livre, a prazo. Em Minas Gerais, indicação a R$ 93/94,00 arroba, livre, a prazo. Em Mato Grosso, mercado manteve patamares de R$ 92/93,00 arroba, livre, à vista.
O frigorífico Minerva, de Barretos (SP), relatou uma quinta-feira de pouca oferta e de preços estáveis na comparação com a semana anterior. “Hoje o mercado esteve de lado”, disse fonte local. Relata que a unidade de Barretos tem escalas de abate fechada para 18 de fevereiro; daqui a oito dias. Negócios feitos ontem (10) pelo Minerva com boi de São Paulo ficaram em R$ 100,00 arroba para pagamento em 30 dias e em R$ 99,00 arroba, à vista contra R$ 100,00 e R$ 98,00/arroba da semana passada, respectivamente. Já o boi de Minas Gerais e de Goiás foi negociado a R$ 95,00 arroba para pagamento em 30 dias e a R$ 94 arroba, à vista, mesmos valores da semana passada.

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