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, 16 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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ALGODÃO: relatório altista

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou nesta terça-feira, dia 09, seu relatório de novembro de oferta e demanda. O USDA estimou a produção global de algodão em 115,25 milhões de fardos para a temporada 2010/11, contra 116,68 milhões projetados no mês passado.
As exportações mundiais de algodão foram estimadas em 38,85 milhões de fardos para 2010/11. A estimativa para o consumo mundial foi de 116,82 milhões de fardos. No relatório anterior, os números eram de 38,08 milhões e 120,77 milhões de fardos, respectivamente. Os estoques finais foram projetados em 42,20 milhões de fardos, contra 44,66 milhões no mês passado.
De acordo com o analista de Safras & Mercado, Miguel Biegai, o relatório foi altista, pois reduziu de novo a relação estoque x consumo, de 36,98% em outubro, para 36,12% em novembro. “Mesmo com o corte no consumo global, a queda na produção e o aumento nas exportações contribuíram para a retração nos estoques”, explica. Conforme Biegai, já era esperada uma redução na demanda mundial devido ao preço elevado da pluma. “Mas como a relação estoque x consumo não aumentou, as cotações devem seguir com boa sustentação no curto prazo”, prevê.
Porém, o relatório trouxe um “alerta” para o médio prazo ao mostrar uma queda significativa na demanda global, de quase 4 milhões de fardos. “O corte de consumo já era esperado pelo mercado, mas a tendência é que seja ainda maior”, aposta Biegai.
A expectativa é que a China colha 30,00 milhões de fardos na temporada 2010/11. A produção do Paquistão para 2010/11 é projetada em 9,10 milhões de fardos. O Brasil tem safra estimada em 7,50 milhões de fardos. A produção indiana deve chegar a 26,00 milhões de fardos. Os americanos deverão colher 18,42 milhões de fardos.
Para a safra 2009/10, a produção mundial está projetada em 101,34 milhões de fardos e os estoques finais em 43,65 milhões de fardos. As exportações estão estimadas em 35,57 milhões e o consumo em 118,48 milhões.

SOJA: preços sobem mais

Ao reduzir a estimativa de safra americana na temporada 2010/11, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) alterou os patamares de preço da soja nesta semana, tanto na Bolsa de Chicago como no mercado físico brasileiro. Em Chicago, os contratos com vencimentos mais próximos romperam com folga a casa dos US$ 13,00 por bushel. Já nas principais praças de negociação do Brasil, a saca supera ou se aproxima dos R$ 50,00.
Aproveitando os bons preços, a movimentação também ganhou ritmo no mercado físico brasileiro, principalmente para produto da safra nova. Em Passo Fundo (RS), a cotação subiu de R$ 48,00 no dia 4 de novembro para R$ 50,50 no dia 11. No mesmo período, o preço avançou de R$ 48,50 para R$ 51,00 em Cascavel (PR) e de R$ 46,30 para R$ 49,00 em Rondonópolis.
Os dois principais fatores para a formação dos preços internos contribuíram para a sustentação das cotações internas. Além da alta consistente em Chicago, o mercado foi favorecido pela valorização de 2,44% do dólar comercial frente ao real. A moeda americana pulou de R$ 1,678 para R$ 1,719 entre os dias 4 e 11.
Na Bolsa de Chicago, os contratos com vencimento em janeiro subiram 5,10% no período, pulando de R$ 12,74 para R$ 13,39. O relatório do USDA acrescentou mais um ponto favorável aos preços ao cenário fundamental altista. O USDA cortou a previsão de safra americana, contrariando a expectativa do mercado, que apostava em elevação. Como consequência, os estoques finais foram reduzidos além do esperado.
Completando a lista de fundamentos positivos, seguem a boa demanda pela safra americana, o aperto na oferta mundial, as incertezas em relação ao tamanho da produção sul-americana e a previsão de menor área a ser plantada em 2011 nos Estados Unidos.

BOI: ainda em alta

O mercado brasileiro de boi gordo seguiu a trajetória de alta em praticamente todos os dias da semana. Nessa quinta-feira (11), no entanto, o sinal foi de declínio, com boa parte das praças pesquisadas por Safras & Mercado indicando preços estáveis a mais baixos na comparação com o dia anterior e com a semana passada (04/11).  O declínio das cotações, após longo período de consecutivas altas, pode ter justificativa na entrada dos primeiros lotes de gado confinado de segundo turno no mercado.
“A segunda rodada de confinamento teve início no decorrer dessa semana e tem a confirmação de vários frigoríficos. As escalas de abate já são indicadas para três a quatro dias úteis”, comenta Fernando Iglesias, analista de SAFRAS & Mercado, para quem esse ligeiro incremento na oferta de animais para abate e por tabela, na retomada das escalas, podem ter amenizado a pressão de alta. O analista observa, no entanto, que o mercado caminha para o auge de consumo em 2010, com a proximidade das festas de final de ano e que a oferta desse gado de segundo turno pode não ser suficiente para atender toda a demanda, o que mantém o mercado em ambiente de valorização no curto prazo.
Em São Paulo, a arroba fecha a semana cotada a R$ 116,00 de preço médio, livre de Funrural, para pagamento em 30 dias, alta de 1,72% na comparação com o patamar de R$ 114,00 de média da semana anterior.  O mercado paulista, no entanto, chegou a registrar R$ 117,00 na quarta-feira (10), livre de Funrural, a prazo.
Conforme o Instituto de Economia Agrícola-IEA, a carne bovina está entre os produtos com maiores altas de preços na 1a. quadrissemana de novembro em São Paulo. Pelos cálculos do IEA, a arroba do boi gordo atingiu R$ 102,03 no período, alta de 10,57% na comparação com igual período de outubro. Técnicos do Instituto atribuem a alta ao impacto da seca nas pastagens e à redução da oferta de animais para abate.
Em Mato Grosso do Sul, a arroba do boi gordo encerra a semana a R$ 105/106,00 livre, a prazo, ante R$ 107,00 dessa quarta-feira e R$ 101/102,00 da semana anterior (04/11). Em Mato Grosso, mantido patamar de R$ 100 arroba, livre a prazo, ante R$ 102/105,00 da semana anterior.

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