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, 13 maio 2024
 
 

Safras & Mercado

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SOJA: preços quase inalterados
A pouca disponibilidade de soja da safra 2008/09 e a falta de disposição de compradores e vendedores em negociar antecipadamente a nova safra mantiveram o mercado brasileiro de soja em ritmo lento. A comercialização segue arrastada e os preços apresentam comportamento regionalizado, pouco oscilando na comparação com os níveis praticados na semana anterior. Nem mesmo a combinação de Chicago e dólar em alta conseguiram melhorar a movimentação.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos estava cotada a R$ 45,50 no dia 12 de novembro, contra R$ 46,00 do dia 5. Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 46,50 para R$ 45,50 no período. Em Rondonópolis, a cotação subiu de R$ 41,00 para R$ 41,80. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro tiveram valorização de 1,55% no período, passando de US$ 9,67 para US$ 9,82 o bushel. O dólar comercial teve alta de 0,93% na comparação com o real, fechando a quinta a R$ 1,738.
Após uma temporada de forte retração, o complexo oleaginoso mundial se prepara para observar provável recuperação nos estoques finais na temporada 2009/10. Apesar de serem números bastante preliminares, e evidentemente sujeitos a importantes modificações, a expectativa é que o grande crescimento esperado para a produção seja suficiente para garantir aumento nos estoques finais, pelo menos no caso das oleaginosas.
“Para formar essa visão, temos a consolidação de safra maior nos EUA e chamada de forte recuperação na América do Sul diante do aumento da área a ser semeada e da melhor expectativa de produtividade. Esse avanço na oferta deverá ser amortecido parcialmente pelo provável aumento nos patamares de consumo, diante do movimento esperado de recuperação para a economia global. Entretanto não deveremos ter homogeneidade dentro do complexo”, afirma o analista de SAFRAS & Mercado, Flávio França Júnior.
Na safra passada, a diminuição na produção de soja provocou aumento mais que proporcional na oferta de óleos vegetais sobre os farelos protéicos. Mas para este ano o movimento é contrário, ou seja, aumento do peso da soja no total das oleaginosas, trazendo aumento mais que proporcional da oferta de farelos sobre os óleos.
ALGODÃO: trajetória de alta
O mercado brasileiro de algodão em pluma seguiu firme nesta segunda semana de novembro, confirmando a tendência de alta do último mês. A demanda foi mantida em boa magnitude, encontrando um produtor firme em suas pedidas. As indicações, conforme agentes consultados por Safras & Mercado, passaram para a linha de R$ 1,25 até R$ 1,26 a libra-peso, CIF São Paulo, para pagamento curto. Na semana passada, o preço gravitava entre R$ 1,23 e R$ 1,24 a libra-peso, nos mesmos moldes.
O Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) divulgou os resultados das principais culturas da região Oeste na safra 2008/09 e a primeira estimativa de plantio para 2009/10. De acordo com os dados da Abapa, a área de algodão para a safra 2009/10 é de 246 mil hectares, o que representa uma redução de 6% quando comparada à safra passada.
Para os técnicos, a retração nas lavouras teve como causa, dentre outras, a crise econômica mundial, que descapitalizou os compradores em todo o mundo, diminuiu a oferta de crédito e gerou muita incerteza na época do plantio. A produtividade estimada é de 270 arrobas de algodão em caroço por hectare. A produção será cerca de 15% superior à registrada na safra anterior, atingindo 393,5 mil toneladas de algodão em pluma.
BOI: vendas em excesso
Contrariando expectativas de uma menor oferta de animais para abate e até mesmo de alguma reação de preços, o mercado físico brasileiro de boi gordo termina a primeira quinzena de novembro pressionado. No atacado da carne, as sobras derivadas dos abates também contribuem para preços em declínio.
“O mercado de boi gordo começou novembro otimista. O corte traseiro chegou a atingir o melhor preço do ano no atacado (R$ 6,40 quilo), as exportações de outubro melhoraram, mas isso não foi suficiente para alavancar os preços do boi”, comenta Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado.
De acordo com Molinari, novembro apontava para uma menor oferta de animais para abate, mas a oferta tem sido tão elevada quanto a de outubro, com os pecuaristas aceitando preços baixos na comercialização.
“O pecuarista não diminui as entregas nos frigoríficos, as escalas de abate continuam alongadas, e a demanda, mesmo melhorada, não é suficiente para puxar preços”, enfatiza o analista. Na sua opinião, enquanto essa trajetória não se alterar, será difícil inverter a curva de pressão sobre as cotações.
Molinari observa que em 2008, o boi gordo foi negociado a R$ 91.42/arroba de média, em outubro, a prazo. Em novembro do mesmo ano, a média foi de R$ 88.30/arroba. Este ano, os pecuaristas estão aceitando vender boi gordo a R$ 12/arroba, abaixo da média de novembro passado.
Preços praticados essa semana em São Paulo ficaram em R$ 74/76,00 bruto contra R$ 75/77,00 da semana anterior.  Em Mato Grosso do Sul, a arroba foi cotada a R$ 68/72,00 nessa quinta-feira (12), patamares que repetem a semana anterior. Em Goiás, mercado indicou R$ 70,00 arroba, contra R$ 71/72,00 da última semana. Em Mato Grosso, preços oscilaram entre R$ 65/69,00 preços que também repetem a semana passada.
No atacado, os cortes casados de traseiro e dianteiro foram cotados a R$ 3,30 x 6,00 contra R$ 3,70 x 6,40 da semana anterior.
“Os frigoríficos não conseguem dar escoamento aos abates via exportação e com isso há sobras de carne bovina derivada dos abates. Esse volume acaba sendo destinado ao mercado interno, provocando situações de maior pressão sobre as cotações do atacado”, comenta o analista.
De acordo com Molinari, a expectativa é que a pressão de venda no boi se reduza. Caso contrário, não haverá suporte para conter esta baixa de preços. “Estaremos entrando no melhor período de consumo interno e há necessidade de uma redução no volume de oferta, com queda nas escalas e suporte para que os preços do boi paralisem a curva de baixa”, observa.

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