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MT poderia economizar US$ 70 por tonelada

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A logística para o escoamento da produção foi um dos assuntos debatidos ontem em fórum realizado em Sinop
A logística para o escoamento da produção foi um dos assuntos debatidos ontem em fórum realizado em Sinop

Se Mato Grosso tivesse uma logística à altura do esforço e vontade dos produtores, poderia economizar US$ 70 por tonelada produzindo os atuais 45 milhões de toneladas de grãos e, assim, injetaria na economia anualmente mais de US$ 3,150 bilhões. Os dados foram apresentados no segundo dia do Fórum Brasil Central do Agronegócio na manhã desta sexta (20/09), em Sinop, quando o tema central foi a logística.

O produtor rural e ex-prefeito do município de Água Boa, Maurício Tonhá, fez a apresentação “Logística sobre a óptica do produtor rural”. Segundo o cenário exposto, Mato Grosso poderá injetar na economia brasileira, anualmente, US$ 7 bilhões em dez anos, quando a produção será de 100 milhões de toneladas de grãos, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), general Jorge Fraxe, palestrante no painel, falou que o Brasil não tem a cultura de planejar ações e que, no agronegócio, é necessário avaliar o cenário desde o plantio até a armazenagem e o transporte. “Só assim teremos como saber a dimensão do sistema logístico, pois é muito mais que uma estrada e um caminhão”, frisou. Sobre a necessidade de planejar o futuro, ele disse que os produtores precisam de uma estratégia de guerra para sobreviver e fomentar a produção.

Tonhá também apontou o déficit em armazenagem, que atualmente é de 25 milhões de toneladas. Ele ainda evidenciou a disparidade dos custos com frente mesmo dentro do Brasil. Em Mato Grosso, o frete é de aproximadamente US$ 133 por tonelada transportada, enquanto no Paraná é de aproximadamente US$ 43.

Na comparação entre países, o custo para escoar de Mato Grosso também é bastante alto. Para escoar o grão de Sinop à China, maior compradora do grão, gasta-se US$ 190 por tonelada transportada, enquanto os argentinos, que fazem divisa com o Brasil, gastam US$ 102, ou seja, US$ 88 a menos.

Isso tudo porque a infraestrutura logística do estado não acompanha sua vocação. No Brasil, o sistema de transporte é feito com apenas 13% de hidrovias, 25% de ferrovias e 58% por rodovias, que possui o maior custo.

Ainda segundo o diretor-geral do Dnit, agora é o momento de se avaliar a duplicação da BR-163 e de outras rodovias. Para um melhor planejamento, Fraxe anunciou que serão implantados 320 pontos eletrônicos para registrar o número de caminhões que passam pela rodovia.

A questão indígena e a extensão territorial são apontados como motivos da demora em se viabilizar muitos programas de pavimentação. Mesmo assim, o general Fraxe entende que “o Brasil está fazendo o planejamento no tempo certo do seu desafio”.

Durante o painel temático também estavam presentes o deputado federal Wellington Fagundes, o secretário estadual do Planejamento e Coordenação Geral, Arnaldo Alves, o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, e o produtor rural Eraí Maggi.

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