A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária, Fundação MT, realiza nos próximos dias 24 e 25 de setembro em Rondonópolis, a XIII Reunião Brasileira sobre Pragas de Solo. Na ocasião, estarão reunidas mais de 100 pessoas entre estudantes, pesquisadores e profissionais dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás com o intuito de debater e divulgar os trabalhos realizados nessa área.
“Tendo em vista a demanda crescente por pesquisas e inovação tecnológica para o desenvolvimento de novas estratégias de manejo das pragas de solo, é de grande importância à realização de reuniões e debates para divulgarmos novas informações, além de definir metas para pesquisas futuras”, destaca a pesquisadora de Entomologia da Fundação MT e presidenta da reunião, Lucia Vivan.
O evento é promovido a cada dois anos por uma instituição de um dos Estados que participam da reunião. Neste ano serão abordados temas de métodos de manejo para pragas de solo, níveis de danos e identificação além de bioecologia e comportamento. Também, será traçado um diagnóstico de cada estado participante (RS, SC, PR, MS, SP, MT e GO) a fim de abordar as principais espécies que ocorrem como pragas de solo, propiciando debates e repasses de informações. “Dessa forma contribuímos com a evolução da pesquisa científica e na atuação de profissionais ligados à agricultura”, completa a pesquisadora da Fundação MT.
Mato Grosso sedia o evento pela primeira vez e, segundo Vivan, a ação é de extrema importância para o Estado, no Cerrado brasileiro. “Esse tipo de bioma ainda guarda muitas pragas de solo nem sequer identificadas. O problema tem-se expandindo nos últimos anos, especialmente em lavouras de soja, milho e algodão, sendo sua diversidade e grau de ocorrências variáveis em função da região agrícola do Estado”, explica a entomologista.
Pragas de Solo – Dentre as principais pragas-de-solo que ocorrem em cultivos de verão e de inverno, destacam-se os corós, percevejo-castanho, larvas de crisomelídeos, lagarta-elasmo, piolho-de-cobra, lesmas e caracóis. Para algumas dessas pragas já existem informações para serem implementadas como estratégia de manejo. “Todavia, para a maioria delas, há urgência de pesquisas, não só em relação ao controle, mas também em relação a outros aspectos, como, por exemplo, aspectos bioecológicos e nível de dano”, considera a pesquisadora Lucia Vivan.
Apoiam a iniciativa a Sociedade Entomológica do Brasil e a Universidade Federal do Mato Grosso.
