19 C
Rondonópolis
, 15 maio 2024
 
 

Campo vive período de otimismo

- PUBLICIDADE -spot_img

Leia Mais

- PUBLICIDADE -spot_img
Na pior das hipóteses, apontam as projeções, o agronegócio tem pela frente um ano de manutenção de seu ritmo de crescimento
Na pior das hipóteses, apontam as projeções, o agronegócio tem pela frente um ano de manutenção de seu ritmo de crescimento

Entre representantes do setor, o otimismo é grande sobretudo quanto ao desempenho no primeiro semestre de 2010, quando será colhida uma safra de grãos que tende a render margens melhores e dar fôlego novo a economias regionais importantes, com reflexos positivos em outras cadeias produtivas.
Ao mesmo tempo, as transformações que ganharam força no campo nos últimos anos deverão se aprofundar. Inexoráveis, os movimentos de profissionalização e concentração deverão recrudescer em segmentos tão distintos quanto o sucroalcooleiro e o de carnes, e questões relacionadas à governança dos players do setor ganharão ainda mais importância, enquanto a preocupação quanto à responsabilidade socioambiental nas diversas atividades também será maior.
Na pior das hipóteses, apontam as projeções, o agronegócio tem pela frente um ano de manutenção de seu ritmo de crescimento. No melhor cenário, 2011 pode sedimentar as bases para que o país confirme, ao longo da próxima década, um potencial de crescimento na produção e nas exportações de alimentos e biocombustíveis que já colabora para o fortalecimento geopolítico do país no tabuleiro internacional.
Não é para menos. Se em 2011 o Brasil de fato colher 148,8 milhões de toneladas de grãos, como prevê a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crescimento em relação a 2001 será de 48,4%. No caso da soja, o carro-chefe do agronegócio nacional, o salto na mesma comparação poderá chegar a quase 80%, desde que a próxima colheita não sinta substancialmente os efeitos do fenômeno climático La Niña.
No caso da cana, matéria-prima para açúcar e etanol que puxa a produção de culturas perenes no Brasil, a colheita passará de 293 milhões de toneladas, em 2001, para até 650 milhões no próximo ano, também a depender do clima.
A bienalidade que reserva ao café uma safra cheia e outra menor estará no polo negativo, mas os preços estão elevados, enquanto para a laranja, dependerá das cotações do suco, que hoje também estão em elevado patamar.
A partir dessas e outras projeções, o Ministério da Agricultura projeta o valor bruto da produção das 20 principais lavouras do país em R$ 185 bilhões em 2011, um novo recorde histórico, quase R$ 7 bilhões acima da marca alcançada em 2008, quando commodities como soja, milho e trigo atingiram patamares nunca antes vistos.
Conforme Fabio Silveira, economista da RC Consultores, a soja, por exemplo, segue sob forte pressão altista, também “advinda da intensificação de movimentos especulativos” em tempos de ações financeiras globais que mantêm o dólar fraco. Mas Silveira espera “algum declínio” dos preços da oleaginosa ao longo do ano que vem, o que corrobora a visão de que o primeiro semestre poderá ser melhor que o segundo, quando estará sendo comercializada uma nova safra do Hemisfério Norte.
“O setor vive um bom momento. O mundo tem que aumentar a produção de alimentos, e esse aumento será no Brasil”, afirma Mário Barbosa, presidente da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e da Vale Fertilizantes, maior fabricante de matérias-primas para a produção de adubos do país.
Após o reaquecimento da demanda pelo insumo para o plantio da safra atual desde setembro, Barbosa espera que o consumo siga firme em 2011. Projeções indicam que até 2050 a população mundial será de 9 bilhões de pessoas, e que a demanda por alimentos aumentará 70% com essa expansão.
Nesse contexto, vale realçar que o fortalecimento do mercado doméstico continua incentivando uma nova dinâmica no agronegócio. Seja com o fortalecimento de agroindústrias no Nordeste, seja pelas compras crescentes de produtos de alto valor, como a carne bovina. Com preços e demanda em ascensão, contudo, os reflexos sobre os índices inflacionários têm sido inevitáveis – e vão perdurar nos próximos meses.
O governo federal sabe disso, e prepara novas medidas relacionadas a estoques e preços para tentar evitar disparadas generalizadas. Na última década intervenções como essas voltaram a aumentar, como também aumentaram as opções de linhas de financiamento com juros subsidiados, a participação do BNDES como fomentador de atividades no campo e o montante de crédito rural com juros subsidiados concedido às agriculturas empresarial e familiar. Neste ciclo 2010/11, o valor de crédito rural à disposição alcança R$ 100 bilhões, outro recorde histórico.
Mas, como ressalva Alexandre Mendonça de Barros, do braço agrícola da MB Associados, ainda é preciso avançar muito na integração das distintas políticas que orientam o campo, inclusive ambientais, para que o Brasil possa voltar a elevar sua área plantada total e consiga, assim, atender as expectativas globais em torno das exportações de alimentos do país. (Fonte: Valor Econômico)

- PUBLICIDADE -spot_img
- PUBLICIDADE -spot_img

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -
- PUBLICIDADE -

Mais notícias...

Governo do RS chama bombeiros da reserva e policiais aposentados

O governo do Rio Grande do Sul publicou nesta quarta-feira (15), no Diário Oficial do estado, uma autorização para que...
- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Mais artigos da mesma editoria

- Publicidade -spot_img