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Escoamento da produção entra em discussão

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Fórum apresentou resultado de pesquisa sobre infraestrutura de transporte da Amazônia Legal
Fórum apresentou resultado de pesquisa sobre infraestrutura de transporte da Amazônia Legal

Um diagnóstico da logística de transporte dos estados que fazem parte da Amazônia Legal foi apresentado nesta sexta-feira (19), durante o 2º Fórum Estadual sobre Infraestrutura de Transportes de Mato Grosso. O estudo, denominado “Projeto Norte Competitivo”, foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelas federações das indústrias dos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e que compõem a Ação Pró-Amazônia.
O projeto, elaborado pela consultoria Macrologística, foi apresentado aos empresários mato-grossenses, autoridades e representantes de entidades do setor produtivo, como a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e outras. O diagnóstico e as orientações sugeridas no trabalho serão utilizados para mobilização política da região.
O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidonio, que participou do evento, considera esses tipos de estudo interessantes. Inclusive, o Imea subsidiou várias informações, como as projeções da produção agrícola do estado para os próximos anos. “O planejamento é fundamental para não criar, no futuro, caos logístico”, avalia Celidonio. Também estiveram presentes o analista de bovinocultura do Imea, Daniel Latorraca Ferreira, e a analista de Meio Ambiente da Famato, Lucélia Denise Perin Avi.
O estudo aponta eixos importantes e que facilitarão o escoamento da produção. Nove principais eixos de integração permitirão reduzir os custos logísticos da Amazônia Legal e aumentar a competitividade da região. Desses nove eixos, quatro já existem, mas precisam ser melhorados, demonstra o estudo. São eles: BR 364, Belém-Brasília, hidrovia do Madeira, ferrovia Carajás e a Ferronorte até Lucas do Rio Verde-MT. Conforme a pesquisa, quatro eixos de integração necessitam ser desenvolvidos ou concluídos, são os casos da BR 163, hidrovia do Paraguai/Paraná, hidrovia do Tocantins e do Juruena/Tapajós.
Para viabilizar o desenvolvimento desses principais eixos, Olivier Girard, diretor do projeto, informa que são necessários investimentos da ordem de R$ 14,1 bilhões nos próximos 10 anos. Estima-se que a economia anual no custo de logística da Amazônia Legal alcançará R$ 3,8 bilhões. Atualmente, o custo está em R$ 17 bilhões. No entanto, com o volume de produção previsto para 2020, aumentará para R$ 33,5 bilhões, diz o estudo. “Precisamos tornar a Amazônia Legal competitiva no mundo. A integração dos eixos para transporte é o que vai trazer desenvolvimento para a região”, opina Girard.
Na pesquisa, que durou um ano para ser concluída, foram feitos vários levantamentos de informações sobre condições de infraestrutura, armazenamento, movimentação de produtos, impactos sociais e ambientais, entre outros. Além disso, o estudo foi estendido para sete países vizinhos com o objetivo de verificar os mesmos tipos de informação.
Em Mato Grosso, a pesquisa apontou que a hidrovia Madeira é ideal para escoar a produção do norte do estado. Outra hidrovia importante para a região é a Juruena/Tapajós. As saídas para o Pacífico, segundo o diagnóstico, não geram economia aos produtores.
No evento também foram apresentados os avanços do Projeto Movimento Pró-logística (idealizado por várias entidades, entre elas a Famato, Acrimat, Aprosoja, Fiemt, Fecomércio, Ampa e outras) e as próximas ações do movimento. Também foi feito o lançamento da Agenda Mínima da Infraestrutura de Logística e Transportes de Mato Grosso pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), que engloba dados regionais. Segundo o presidente em exercício da Fiemt Jandir Milan, a agenda tem como objetivo cobrar das autoridades a conclusão das obras de infraestrutura de transporte para melhorar o desenvolvimento econômico do estado.
Participaram do Fórum o governador Silval Barbosa, os deputados federais Homero Pereira e Eliene Lima, o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot, entre outras autoridades e convidados.

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