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BOI: situações adversas

O mercado de boi teve um mês de situações contrárias. No início de maio, ocorreu uma grande pressão de venda, com a imensa quantidade de ofertas, que causou escalas acomodadas e uma queda abrupta de preços.
Entretanto, nas últimas duas semanas, a oferta normalizou-se e foi reduzindo-se gradativamente, forçando uma alta de preços e valorizando os cortes do mercado atacadista.
Atualmente, os frigoríficos tentam alongar suas escalas, que possuem, em média, quatro dias úteis, aumentando os preços do boi para tentar forçar o produtor a vender mais o gado. Por outro lado, há escassez de ofertas, de gado de reposição. Ocorre também, que alguns produtores estão segurando a oferta para obterem preços ainda mais altos – o que não está conseguindo mais.
No início do mês, os preços no mercado atacadista dianteiro x traseiro encontravam-se em R$ 3,90 x 6,10. Entretanto, no final da primeira quinzena, os preços chegaram a patamares mínimos de R$ 3,80 x 5,80. Por sua vez, no final de maio, os valores atingiram o pico máximo de 4,00 x 6,20.
“O mercado de boi gordo vai confirmando expectativas de efeitos negativos do clima sobre as pastagens e um consequente momento de auge da oferta da safra 2010 que deverá se concentrar entre este final de maio e meados de junho”, comenta Paulo Molinari, analista de Safras & Mercado. Destaca que a partir de agora, no entanto, criam-se expectativas para a entressafra.
“Com preços relativamente bons no primeiro semestre, com o contrato de outubro na BM&F atingindo quase R$ 90/@ no momento de decisão do confinamento e com o Brasil tendo um crescimento econômico muito acima do esperado, talvez com alguma melhoria cambial, o ambiente para o segundo semestre é de chance de retomada de algumas altas após meados de junho”, diz o analista.

MILHO: focado no leilão de PEP

O mercado do milho teve um mês totalmente focado no leilão de PEP de ontem, de um milhão de toneladas. Conforme o analista de Safras & Mercado, Eduardo R.Sarmento, esse leilão deu um fôlego aos negócios, ou seja, condições melhores para as negociações, uma vez que teve uma procura melhor que a esperada.
Os preços puderam ficar mais firmes, ainda que o mercado ficasse praticamente parado durante todo o mês de maio. Não houve compras de grandes lotes. Os preços ficaram, em grande parte, nominais às vésperas do leilão. “Agora a expectativa deve girar em torno do próximo leilão”, afirmou o analista.
Além disso, a seca no Mato Grosso ainda preocupa os produtores. Pode haver pequena oferta. As chuvas que ocorreram em boa parte do estado não foram suficientes para reverter o atual quadro de seca, haja vista que a umidade do solo continua abaixo dos 40% em boa parte das regiões produtoras de milho.
Desse modo, as plantas continuam dando sinais de perdas, com espigas mal formadas, pequenas e em muitos casos, baixo número de espigas por planta. As regiões mais afetadas são Médio-Norte e a Sudeste, que juntas são responsáveis por 70% da produção de milho do estado.
No entanto, ainda é muito cedo para analisar os reais impactos da seca sobre a produção estadual de milho. Mas segundo levantamentos de campo e também com indicações dos modelos matemáticos de penalização, pode-se prever que a quebra na produtividade esse ano chegará aos 15% em muitas localidades. E como as previsões meteorológicas para os próximos 15 dias continuam sendo de tempo aberto e seco e com temperaturas médias acima dos 20 graus centígrados, as perdas poderão ser agravadas.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou nesta quinta-feira, em  leilão de PEP de milho de aviso 105/10, um milhão de tonelada, mas negociou 717,6 mil t do total (ou 71,78%). O valor da operação foi de R$ 56.731.718,00. O valor de abertura foi de R$ 0,420 e o de fechamento, de R$ 0,400. O preço mínimo foi de R$ 0,400, o preço máximo, de R$ 0,1130. A média simples foi de R$ 0,0756 e a ponderada, de R$ 0,0790.
“Os operadores viram que a demanda por milho está consistente e já entraram pedindo preços maiores, sem falar das incertezas quanto ao clima”, afirmou Sarmento, acrescentando que o mercado tenta minimizar o risco comprando agora. “Os preços podem subir ainda mais nos próximos leilões”, alertou.

SOJA: poucos negócios

Ao contrário da semana anterior, o mercado brasileiro registrou poucos negócios e preços mais baixos entre 20 e 27 de maio. No período, a saca de 60 quilos recuou de R$ 38,00 para R$ 37,00 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), a cotação baixou de R$ 35,50 para R$ 34,50. Em Rondonópolis, o preço caiu de R$ 33,00 para R$ 32,40. A queda foi determinada principalmente pela desvalorização de 1,88% do dólar frente ao real, passando de R$ 1,826 para R$ 1,861. Em Chicago, os contratos com vencimento em julho subiram 0,74%, pulando de US$ 9,44 para US$ 9,51.

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