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, 17 junho 2024
 
 

Produtor deve ficar alerta sobre a época ideal para a identificação de nematóides no solo

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A Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) faz o alerta aos agricultores para importância sobre o diagnóstico exato sobre a população de nematóides existentes nas propriedades. A época propícia para coleta de amostras de análises nematológicas para identificação de gênero, espécie e raça compreende entre o florescimento (janeiro) a colheita, no caso da soja. Com o diagnóstico em mãos o produtor pode definir a melhor estratégia para controlar o número de nematóides no solo.

A identificação do nematóide na fase inicial de infestação é fundamental para o controle. Aconselha-se a utilização do manejo integrado, cujo objetivo é a redução da população dos nematóides a um nível de convivência através da combinação de diversas práticas agronômicas são elas rotação/sucessão de culturas com hospedeiros não suscetíveis (algodão, amendoim, arroz, cana-de-açúcar, girassol, mandioca, milho, sorgo/aveia, cevada, trigo, milheto e pastagem); adubação verde (mucuna e Crotalaria); controle de plantas daninhas; e retardamento da semeadura de cultivares precoces

A utilização de cultivares suscetíveis podem causar sérias perdas como no caso do Nematóide de Cisto já chegou a se registrar perdas de equivalentes a 20 sacas por hectare ao e no caso do Nematóides de Galha a registros de 11 por hectare. Atualmente os nematóides estão presentes em todas as áreas de produtivas do Estado.

Os Nematóides de galha estão entre os maiores responsáveis por redução de rendimento em soja. A espécie mais predominante é a M. javanica. O Nematóide de Cisto (Heterodera glycines) identificado pela primeira vez no Brasil na safra 1991/92, o nematóide de cisto da soja expandiu-se de forma assustadora nas safras seguintes. Na safra 1991/92, a área afetada foi estimada em 10 mil hectares, com perda avaliada em US$ 1 milhão. Na safra 1993/94, a área infestada foi estimada em cerca de 1 milhão de hectares e os prejuízos só não foram catastróficos devido à semeadura do milho. Nos Estados Unidos, os níveis de danos econômicos são observados após seis a sete anos do início da infestação. No Brasil, são relatadas perdas totais em áreas de três a cinco anos de cultivo de soja. Geralmente, essas áreas apresentam forte infestação de plantas daninhas.

A presença do Nematóide de Cisto é caracterizada por reboleiras de plantas amareladas de diferentes tamanhos. As plantas infestadas podem morrer aos 30-40 dias da semeadura. Geralmente, o sintoma mais característico é o amarelecimento das folhas com acentuado sintoma de deficiência de manganês, acompanhado de nanismo das plantas, abortamento de flores e vagens. O sintoma de deficiência de manganês é mais visível nos solos sob cerrado, enquanto no latossolo roxo a deficiência de potássio se acentua. As características mais distintas para diagnóstico do nematóide é a presença típica dos cistos (fêmeas) de coloração branca a amarela nas raízes e castanha no solo. Para o controle, primeiramente deve-se evitar a dispersão do nematóide para novas áreas. As principais formas de disseminação para áreas indenes são movimentação e transporte de solo infestado aderido a máquinas e implementos agrícolas, veículos e calçados; erosão eólica; erosão por água de chuva; sementes com partículas de solo contendo cistos; aves e animais silvestres; e transporte de soja não beneficiada, contendo torrões e resíduos contaminados, distribuídos por caminhões, ao longo das rodovias.

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