Limitar os mandatos dos presidentes e outros dirigentes, divulgar os salários de altos funcionários e aumentar os controles de probidade sobre os membros do executivo. Esses são os principais itens da reforma que deve ser implantada na Fifa após a saída de Joseph Blatter do seu comando.
As medidas foram apresentadas pelo presidente do Comitê de Auditoria da entidade máxima do futebol mundial, Domenico Scala, que propôs um plano dividido em oito capítulos para “restaurar a credibilidade” da instituição.
O dirigente ítalo-suíço quer limitar a três o número de mandatos de presidente, membros do comitê executivo, secretário-geral e líderes de comissões independentes, totalizando um período máximo de 12 anos. A mesma mudança deverá ser adotada em confederações continentais.
Além disso, segundo seu plano, os integrantes do comitê executivo passarão a ser eleitos diretamente no congresso da Fifa, ao invés de serem designados pelas confederações. Cada um deles também deverá divulgar a sua remuneração, assim como o presidente da entidade e seu secretário-geral.
Scala também quer que o executivo modifique sua própria estrutura, dividindo-se em duas partes: uma encarregada de decisões estratégicas e outra responsável por regular o funcionamento cotidiano da instituição.
Atualmente, Joseph Blatter acumula 17 anos à frente da Fifa. O principal candidato à sua sucessão, Michel Platini, presidente da Uefa, está há 14 no comitê executivo da federação internacional. Na eleição de fevereiro do ano que vem, o ex-craque francês deve enfrentar o empresário sul-coreano Chung Mong-joon e o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein.
O brasileiro Zico também tenta viabilizar sua candidatura ao comando da Fifa.
