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, 18 maio 2024
 
 

Brasil intensifica em 2014 ação internacional com ajuda do Brics – 13h18′

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O Brasil avançou em 2014 em busca da cooperação consolidada entre os países integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Fortaleza, no Ceará, sediou, em julho deste ano, o encontro de cúpula dos cinco países, quando foi dado mais um passo para a estruturação do novo Banco de Desenvolvimento do Brics, que terá sede em Xangai, na China, e a presidência ocupada por um representante da Índia. O anúncio, na ocasião, foi feito pela anfitriã do encontro, a presidente Dilma Rousseff.

Ficou acertado na época que o capital inicial autorizado do banco é US$ 100 bilhões e o capital subscrito do banco US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de governadores pertencerá à Rússia e a primeira composição da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco.

O esforço para a criação do novo banco pode esbarrar, no entanto, nas dificuldades que os países do grupo vêm enfrentando sob a influência da crise econômica global, inciada em 2008, e que teima em não arrefecer. A Rússia, por exemplo, passou a viver turbulências e, para proteger sua moeda, o rublo, ante o dólar, elevou em único dia de dezembro a principal taxa de juros do país, de 10,5% para 17% ao ano. A situação tem levado nervosismo e ansiedade ao mercado financeiro, preocupado com uma possível recessão russa.

Durante café da manhã, com jornalistas, neste fim de ano, a presidente reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação do Brics, negou que a Rússia esteja  “à beira de uma crise econômica”. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, “mas tem reservas suficientes”.

Para o Brasil, o novo banco é fonte alternativa para financiamento de infraestrutura, compensando assim a falta de crédito das principais instituições financeiras internacionais. Os empresários dos países que compõem o bloco apresentaram proposta que permitirá a troca direta de moedas entre os países, para facilitar e baratear os custos de transação.

O doutor em Ciências Sociais e mestre em Economia Política Francisco Américo Cassano acredita que, devido ao novo cenário mundial, com a crise da Rússia e a mudança de postura dos Estados Unidos em relação a Cuba, ainda é cedo para se avaliar se o banco do Brics deslanchará no curto prazo. “Algumas variáveis aconteceram nesse intervalo de tempo, entre a criação do banco e o encerramento do ano. O fato de os Estados Unidos ter se aproximado de Cuba e a economia brasileira ter apresentado sinais decepcionantes pode significar que as coisas nesse sentido devem ficar um pouco acomodadas”, disse.

Professor da Universidade Presbiteriana Manckenzie, em São Paulo, Américo Cassano defende revisão na política externa brasileira ante a nova realidade. A seu ver, o Brasil deve procurar melhor relação com os países desenvolvidos e menos dependente do comércio com a China e com países menos desenvolvidos. Ele destaca que, quando defende a mudança, não significa ruptura com os países do Mercosul. Mas, para ele, o Brasil terá de se aproximar mais da União Europeia.

Mesmo com o ambiente de turbulências no exterior, o professor vê sinais otimistas, internamente. Destacou, como fato representativo, a equipe ministerial de orientação fiscalista, tendo à frente o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ele considera importante ainda a escolha do novo ministro da Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, responsável pela política de comércio internacional do Brasil.

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