O Supremo Tribunal do Iraque ratificou hoje (16) o resultado da eleição legislativa do dia 30 de abril, que deu a vitória à coligação xiita Estado de Direito, liderada pelo primeiro-ministro Nuri Al Maliki. A decisão foi divulgada no contexto em que extremistas sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Eiil) lançaram uma ofensiva contra o regime de Al Maliki e tomaram a cidade de Mossul, ameaçando avançar para a capital, Bagdá.
O porta-voz Abdelsatar Al Birgedar afirmou em comunicado que o Supremo Tribunal analisou todos os candidatos e os recursos apresentados contra seis deles, estando em condições de ratificar os resultados.
Não foi mencionada pelo comunicado a situação de quatro candidatos, em relação aos quais há processos pendentes em outras instâncias. Trata-se de Abbas Yaber Metiui, da coligação xiita de Al Maliki; e de três outros da lista sunita Al Mutahidun: Raad Hamid Kazem Al Dahlaki, Salim Abdel Yaburi e Omar Aziz Al Homeiri.
A lista de Al Maliki conseguiu 95 dos 328 assentos do Parlamento, seguida da coligação do clérigo radical xiita Moqtada Al Sadr, com 34 assentos. A Coligação do Cidadão, liderada pelo clérigo moderado xiita Emar Al Hakim, elegeu 31 deputados; e a lista sunita Unidos, liderada pelo atual presidente do Parlamento, 23. O Bloco Curdo, que agrupa todas as formações curdas, elegeu um total de 62 deputados.
Esses resultados obrigam à formação de alianças, uma vez que a vitória de Al Maliki é insuficiente para formar governo.