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, 19 maio 2024
 
 

Poluição matou sete milhões de pessoas em 2012, alerta OMS – 09h42′

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LONDRES – Aproximadamente sete milhões de pessoas morreram em 2012 por exposição à poluição do ar, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta terça-feira. Segundo a instituição, a má qualidade do ar se transformou no maior fator de risco ambiental para a saúde, sendo responsável por uma em cada oito mortes no mundo.

“Os riscos da poluição do ar são agora muito maiores do que se pensava, particularmente no que diz respeito a doenças coronárias e acidente vascular cerebral [AVC]”, disse Maria Neira, diretora do Departamento da OMS para a Saúde Pública, Ambiente e Determinantes Sociais da Saúde, em comunicado.

O número de mortes de 2012 é duas vezes maior do que a última estimativa da organização. O relatório aponta que melhores medições e tecnologia, além de mais conhecimento sobre as doenças causadas pela poluição, permitiram aos cientistas analisar detalhadamente os riscos para a saúde em uma cobertura geográfica mais ampla.

“Poucos fatores de risco têm hoje maior impacto na saúde global do que a poluição do ar; as evidências nos alertam que é preciso uma ação combinada para limpar o ar que respiramos”, acrescentou Maria.

Fogões a carvão, lenha ou biomassa estão relacionados a 4,3 milhões de mortes em 2012, devido a poluição do ar interior. Já a poluição do ar exterior foi a origem de 3,7 milhões de mortes em todo o mundo, estima a OMS.

No entanto, o número total, de sete milhões, não é uma somatória das duas causas de morte, já que muitas pessoas foram expostas aos dois tipos de poluição. Os dados da organização revelam uma ligação forte entre a qualidade do ar interior e exterior com doenças cardiovasculares, como o AVC e a cardiopatia isquêmica, com o câncer e com doenças respiratórias, incluindo infecções agudas e doenças pulmonares obstrutivas crônicas.
Mulheres, crianças e idosos mais vulneráveis

Os países de baixo e médio rendimento nas regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental registraram o maior número de mortes relacionadas com a poluição do ar. Foram 3,3 milhões de óbitos por má qualidade do ar interior e 2,6 milhões associadas à poluição exterior.

“Limpar o ar que respiramos previne doenças não transmissíveis e reduz as doenças entre as mulheres e os grupos vulneráveis, como as crianças e os idosos”, disse Flavia Bustreo, diretora adjunta da OMS para a Saúde da Família, Mulheres e Crianças, citada no comunicado da OMS. “As mulheres e as crianças pobres pagam um preço elevado pela poluição do ar interior porque passam mais tempo em casa, respirando fuligens de fogões a carvão e a lenha”.
Principais causas

Doenças cardiovasculares associadas com a poluição exterior, como a cardiopatia isquêmica (40%) e o acidente vascular cerebral (40%), foram responsáveis por 80% das mortes. A má qualidade do ar dentro das casas também levou a óbitos por doença pulmonar obstrutiva crônica – Dpoc – (11%), câncer de pulmão (6%) e infeções respiratórias agudas em crianças (3%).

Na estimativa do ar interior, as causas mais frequentes foram AVC (34%), cardiopatia isquêmica (26%), Dpoc (22%), infeções respiratórias agudas em crianças (12%) e câncer de pulmão (6%).

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