DIA DAS MULHERES!!! COMEMORAÇÃO, SERÁ???
Quando pensamos no Dia Internacional das Mulheres, as questões que bailam em nossa cabeça iniciam no entendimento do motivo real desta comemoração, até mesmo na “cortina de fumaça” que essa data recebe, quando o comércio a transforma em um “vender e comprar” sem consciência.
Comemorar o Dia da Mulher é muito mais do que oferecer joias, flores ou bombons, o “Dia Internacional da Mulher” (8 de março, não se esqueçam, caros leitores), é ter um olhar carinhoso, dedicado e amoroso para as mulheres de sua vida. Para você “homem” gerado, amamentado e educado por uma mulher, resta acima de tudo oferecer para as mulheres a compreensão que elas necessitam, o carinho e o ombro amigo. Pois, não queremos ser lembradas porque centenas de mulheres foram queimadas em uma fábrica; não queremos ser lembradas pela forma violenta com que nossos homens nos tratam e, principalmente, sangra nosso coração saber que milhares de nós são vítimas fatais de uma violência chamada feminicídio.
O que queremos? É que nos reconheçam e aceitem como somos, nossas loucuras, nossos desejos e lutas cotidianas. Não somente àquelas sociais e familiares, mas, as lutas do nosso cotidiano: andar de salto alto e com elegância, sofrer com a depilação, ter que usar tantos acessórios e roupas, calçados e bolsas, que nos tornam “RAINHAS” todos os dias.
No NOSSO DIA A DIA, o que queremos é sermos reconhecidas por nossas futilidades, nossas loucuras, nossos sentimentos, amores e desamores, forças e fraquezas e, SIMPLESMENTE, porque somos MULHERES e, em todos os momentos nos restam ser MULHERES, fortes, fracas, leais, amadas, amantes, amorosas, mas, e, acima de qualquer coisa, MULHERES. Não importa a nossa raça, religião, cultura ou credo, o que precisamos todos os dias é acordar e colocar a nossa vestimenta de super-heroínas e sempre recomeçar.
Assim, o que realmente queremos é cantar como Milton Nascimento: “Mas é preciso ter força – É preciso ter raça – É preciso ter gana sempre – Quem traz no corpo a marca – Maria, Maria – Mistura a dor e a alegria”.
