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Aprosoja alerta: Medidas anunciadas são insuficientes para conter crise do agro no Estado

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Conforme a Aprosoja, as medidas anunciadas são insuficientes porque a produtividade esperada para a safra é insuficiente para cobrir os custos da lavoura (Foto – Divulgação/MAPA)

Os produtores de soja de Mato Grosso continuam aguardando medidas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar uma crise ainda maior no setor. Embora o Conselho Monetário Nacional (CNM) tenha autorizado as instituições a renegociar as parcelas de investimentos rurais que vencem em 2024, a medida, de acordo com entidades que representam o homem do campo, é insuficiente para conter a crise.

Conforme a decisão do CNM, as instituições financeiras ficam, a seu critério, autorizadas a renegociar até 100% do valor principal das parcelas com vencimento entre 2 de janeiro e 30 de dezembro de 2024.

As linhas de crédito precisam ter sido contratadas até 30 de dezembro do ano passado, e o tomador precisa estar em dia com as parcelas até esta data.

As medidas anunciadas são insuficientes, segundo avaliação das entidades, porque a produtividade esperada para a safra é insuficiente para cobrir os custos da lavoura e até mesmo para o produtor honrar o compromisso de entregar a soja já negociada.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo de produção da safra é de 62 sacas, enquanto a produtividade é apenas 52,85 sacas.

“Não houve nenhuma sinalização do Mapa sobre conversar com as empresas exportadoras sobre as cláusulas washouts. Muitos produtores podem não ter produto para entregar, então essa é uma das nossas grandes preocupações nesse momento”, enfatiza o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber.

A ‘cláusula washouts’ se trata de obrigações entre as partes em caso de não cumprimento do contrato. Em um cenário onde o produtor não consiga entregar o produto, ele poderia ser obrigado a comprar o produto no mercado de acordo com a cotação do dia e entregá-lo para a empresa compradora, além do pagamento de multa.

Além disso, a Aprosoja-MT também enviou ofícios ao Ministério com sugestões de medidas que ajudariam a amenizar a situação, “porém, para estas medidas, não houve respostas até o momento por parte do órgão federal. Os ofícios foram encaminhados no dia 26 de janeiro deste ano e 28 de fevereiro”, explica a entidade.

Nos documentos, a Aprosoja-MT solicitou a destinação de R$ 500 milhões para alongamento de dívidas, com taxa de 5,5% ao ano; uma linha de crédito de 1,95 bilhão de dólares, a uma taxa de 5,5% ao ano e outra linha de crédito de R$ 1,05 bilhão para equalização de juros agrícolas e que o escore dos produtores não fosse prejudicado.

“A nossa demanda é por novos recursos, com prazo que possa alongar os compromissos que não puderam ser honrados integral ou parcialmente este ano e sem comprometer as obrigações da safra seguinte, além de isso ocorrer com antecedência para não prejudicar o escore do produtor”, completa Lucas Costa Beber.

 

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1 COMENTÁRIO

  1. APROSOJA? A associação que fez doações nas casas dos 100 mil reais para os acampamentos golpistas formados em frente aos quartéis? Para quem estava financiando um golpe de estado, reclamar que as ações são insuficiente é no mínimo piada.

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