O histórico do ex-deputado José Riva, preso e condenado suspeito de crimes praticados na Assembleia Legislativa, colocou a sua filha Janaína Riva em sérias dificuldades para ocupar algum cargo nas chapas que concorrem à mesa da AL para o próximo biênio.
Recentemente, sendo a deputada estadual mais bem votada nas eleições deste ano, Janaína Riva anunciou o recuo da disputa à presidência da AL, isso porque teria caído a ficha que o nome da família Riva ainda “assombra” quando o assunto é o comando do Legislativo, mesmo com os seus argumentos de ter CPF próprio.
Janaína Riva foi a primeira a se lançar candidata ao comando da AL, inclusive disparando duras críticas ao atual presidente Eduardo Botelho (DEM).
Pelo que se comenta nos bastidores da política, a princípio, a deputada reeleita acreditava que teria facilidade de convencer os 14 deputados novatos eleitos, inclusive aqueles com o discurso de renovação da política que foram eleitos no vácuo do presidente eleito Jair Bolsonaro.
No entanto, logo nas primeiras aproximações, a deputada percebeu que vários futuros colegas, mesmo lhe rendendo elogios pela sua atuação, não lhe apoiariam para a composição da Mesa Diretora, haja vista que o passado recente de sua família, que comandou a Assembleia por 20 anos, tendo à frente José Riva, seu pai, não causaria boa impressão, principalmente para os novatos eleitos com o discurso contra a corrupção e cortes de gastos e regalias.
Mas, mesmo depois desse balde de água fria, agora a deputada tenta a candidatura para ser a primeira-secretária da Mesa Diretora da AL, cargo que detém o poder de ordenar as despesas, que confere tanto poder quanto o presidente da AL.
Porém, o que se comenta é que ela vai encontrar as mesmas dificuldades. Prova disso foram as últimas declarações do delegado de polícia Claudinei Lopes (PSL), eleito deputado estadual nas eleições de outubro, de que os atuais nomes que poderão disputar a mesa diretora da Assembleia Legislativa, não terão o seu apoio e também de muitos dos demais colegas deputados eleitos para o primeiro mandato.
