
Importante a decisão da Justiça, mediante ação civil do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, determinando um prazo para que a Prefeitura Municipal apresente cronograma para adequação, regularização e funcionamento do Parque Municipal Natural de Rondonópolis (antigo Parque Seriema).
Apesar dessa medida ter vindo muito tarde, diante da quantidade de denúncias, inclusive de reportagens do A TRIBUNA, ao longo de no mínimo os dois últimos anos da administração José Carlos do Pátio, apontando o abandono e descaso com as obras do Parque, é primordial ainda para garantir, não só que as obras sejam finalizadas e a população possa utilizar o espaço, como para, posteriormente, buscar a responsabilização pelo prejuízo causado ao erário.
Diante da atual situação, o que se espera é que a gestão de Cláudio Ferreira, que infelizmente herdou essa obra inacabada, com problemas e abandonada, possa concluir o projeto do Parque de forma rápida, permitindo que um espaço de lazer, esporte e contemplação da natureza, como esse, seja utilizado pelos rondonopolitanos.
Lembrando que o antigo Parque da Seriema, que inclusive poderia ter o nome recuperado, pois a denominação é bem mais aceita e lembrada pela população, será o maior da cidade e um dos maiores de Mato Grosso.
Infelizmente, também é preciso recordar que o histórico de criação e construção desse Parque é uma vergonha. Lançado ainda em 2013 pelo prefeito da época, Percival Muniz, que fez o primeiro projeto e promoveu a desapropriação da área para que fosse implantado, o Parque só começou a ter a estrutura construída em 2019 pelo ex-prefeito Zé do Pátio, que alterou o projeto inicial, reduzindo a estrutura que deveria ser construída, excluindo também um lago que era previsto inicialmente, e mudou até o seu nome.
Para piorar ainda mais, a obra do Parque parou várias vezes e teria sido “supostamente” terminada em 2022. Isso porque, segundo o MPMT somente 76% da obra foi finalizada.
Depois de 2022, com a estrutura física construída, o Parque foi abandonado totalmente pelo poder público municipal, o que resultou em depredações e deterioração em função do desgaste por falta de cuidados e manutenção. A população, durante todos esses anos, nunca pode usufruir do espaço que já consumiu mais de R$ 7 milhões em recursos públicos.
Por isso, o Parque Municipal precisa ser finalizado, mas os responsáveis pelo prejuízo aos cofres municipais não podem ficar impunes, e ai a esperança fica agora com essa ação civil, mesma tardia, do Ministério Público.