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A violência contra a mulher novamente voltou a ganhar espaço na mídia neste ano de 2018 em Mato Grosso. Esse alerta vem ocorrendo diante do expressivo número de assassinatos de mulheres no presente ano, sendo mais de 70 casos até novembro, dos quais mais de 40 se encaixam no tipo feminicídio. Não podemos ignorar que vários casos de feminicídio também abalaram o município de Rondonópolis.

O pior é que a maioria dos casos de feminicídio segue padrões e estatísticas comuns, que poderiam ser reduzidos com mais prevenção e uma rede de proteção mais efetiva. Nesse contexto, especialistas estimam que cerca de 40% das mulheres assassinadas no mundo foram mortas por um parceiro íntimo. No mundo, levantamento das Nações Unidas indica um número estimado de 119 mulheres assassinadas diariamente por um parceiro ou parente.

Apesar de alarmantes, não é de hoje que a sociedade grita por ações que possam proteger efetivamente nossas mulheres. Nesse contexto, conforme noticiado ontem pelo Jornal A TRIBUNA, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso está começando a exigir que as medidas protetivas passem a ser distribuídas obrigatoriamente na forma eletrônica nas Varas de Violência Doméstica e Familiar, começando por Cuiabá e agora, a partir de janeiro, também em Rondonópolis e Várzea Grande.

O objetivo com essa tramitação online é justamente dar efetividade à Lei Maria da Penha, fazendo com que os pedidos das mulheres sejam imediatamente analisados pelo juiz. Em questão de horas, a vítima já está de posse de uma medida protetiva e o agressor é intimado, com o respectivo conhecimento do delegado e órgãos como Ministério Público e Defensoria Pública.

Acreditamos que ainda não é o ideal, porém é mais um aprimoramento em prol da integridade física das mulheres. Isso porque a realidade brasileira mostra muitos casos de mulheres que, mesmo diante de medidas protetivas em curso, foram barbaramente assassinadas por seus companheiros ou ex-companheiros, que simplesmente ignoraram as intimações judiciais.

Infelizmente, enquanto as nossas leis não dão conta de resolver efetivamente esse problema, resta-nos ter a esperança de que seja formada na nossa sociedade, a partir de investimentos em educação, uma nova consciência entre as nossas crianças e jovens, visando formar novos comportamentos e novas mentalidades. Sem educação dificilmente vamos mudar essa dura realidade contra as mulheres.

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