O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nessa quarta-feira (1) um balanço com o perfil e o número de eleitores brasileiros aptos a votar nas eleições de outubro próximo. Em nível nacional, o eleitorado cresceu 3% desde as eleições de 2016 e atingiu um total de 147,3 milhões de pessoas. Desse total, 52,5% são mulheres. Em Mato Grosso, que conta com pouco maia de 2,2 milhões de eleitores, 50,2% dos mesmos são mulheres. Em Rondonópolis, o número de eleitores já ultrapassou a casa dos 150 mil, dos quais mais da metade são de mulheres.
Os dados da Justiça Eleitoral demonstram de forma inequívoca que as mulheres são a maioria dos eleitores, mas quando analisamos o quadro de políticos no exercício do mandato eletivo percebemos que a realidade é bem outra e a imensa maioria dos mesmos é composta por homens, mesmo com as cotas partidárias que obrigam que pelo menos 30% das vagas de candidatos sejam preenchidas por mulheres, evidenciando que a ausência das mulheres nos cargos políticos é uma questão mais complexa e que não se resolve simplesmente reservando vagas para as mesmas nas chapas de candidatos dos partidos.
Os números demonstram ainda que as mulheres, além de serem em menor número entre os candidatos, as que conseguem ser candidatas acabam por não receber os votos das demais mulheres, o que é uma situação que precisa ser debatida pelas lideranças políticas e das mulheres, pois há algo de errado no discurso dessas mulheres candidatas, que não consegue comover e convencer esse eleitorado, mantendo o estranho quadro que permite que, mesmo sendo maioria dos eleitores, elas sejam pouco representadas na política partidária.
Está aqui um tabu que as mulheres ainda precisam quebrar, pois, apesar de já terem alcançado o posto mais alto do poder no País, ainda são minoria nos cargos eletivos. Uma prova está na nossa Câmara Municipal, que não possui nenhuma mulher. O cargo de prefeito também nunca foi exercido por uma mulher em Rondonópolis.
Está na hora das próprias mulheres abrirem caminho para que as mesmas possam, cada vez mais, ter uma participação decisiva na política e na sociedade como um todo, de forma que esse desequilíbrio seja aos poucos eliminado, até que elas assumam de fato o papel que é seu na política e na sociedade.
