Aeroporto sem segurança

É inegável que as questões envolvendo o aeroporto Maestro Marinho Franco não são tratadas com a atenção que merecem pelas gestões do município de Rondonópolis, e também do Estado de Mato Grosso. Um, o governo estadual, não dá seguimento a obra de ampliação do local, trabalho que apresentou irregularidades, está emperrado e muito provavelmente ficará por isso mesmo, já que o Governo Federal incluiu o Marinho Franco em um pacote de privatizações. Devido a esse “esquecimento” da gestão Taques, já se espera que a Anac, quando enfim realizar a vistoria para homologação do RNAV, dê um parecer negativo.
Por outro lado, a gestão do prefeito Zé Carlos do Pátio faz vista grossa para as questões de segurança. Deve pensar, talvez, que o aeroporto não é tão importante, pode ficar aos cuidados dos funcionários das companhias aéreas mesmo. Segurança pública seria uma inutilidade. Deixa o local sem bombeiros suficiente para a demanda, já que somos uma terra blindada e acidentes nunca vão acontecer aqui. Está certinho a gestão, não precisamos nos prevenir para possíveis acidentes e muito menos precisamos de segurança, já que os índices de criminalidade na nossa cidade são praticamente inexistentes… Toda essa ironia é só uma brincadeira em meio a um assunto tão sério.
Ao que parece, os gestores não se dão conta que é por meio do aeroporto que empresários partem e chegam em busca de negócios para movimentar a economia de Rondonópolis, que nossas famílias nos visitam ou então vamos visitá-los, que podemos nos locomover quando necessário de forma mais rápida e prática. O aeroporto não existe para enfeitar a cidade, caso alguém tenha pensado isso. Chegamos ao 10º mês da atual gestão e a sociedade já não aceita mais desculpas esfarrapadas para a solução dos problemas. Quando nosso nobre gestor vai resolver o problema do convênio vencido com o Estado e oferecer segurança aos usuários do Maestro Marinho Franco? Por que ainda não renovou? Quais são os empecilhos? Nem mesmo vir a público para oferecer explicações, alguém se prontificou. O método “empurra com a barriga até não dar mais” segue firme e forte, felizmente estamos com sorte até o momento, pois nada de grave aconteceu. Vale lembrar que, caso um dia a sorte não nos acompanhe, as responsabilidades certamente estarão bem definidas.