Direito de viver

O Hospital de Barretos é o que mais atende casos de câncer pelo SUS no Brasil. Com uma média de 4.100 atendimentos por dia, em 18 especialidades, ele tem sido refúgio para milhares de brasileiros que não encontram atendimento médico de qualidade em suas cidades de origem. O diagnóstico de câncer continua sendo um momento particularmente difícil e gerador de intensa angústia na vida de qualquer pessoa, em função de uma série de aspectos que são mobilizados.
A ruptura na forma habitual de vida, a incerteza e a insegurança de futuro, o caminho de um tratamento incerto, por vezes, doloroso e prolongado, são apenas alguns desses aspectos. Agora, imagine só ser diagnosticado com câncer e não ter acesso a um tratamento adequado?
Pode parecer que ele está distante de nossa realidade, lá no interior de São Paulo e beneficiando pessoas somente daquela região, mas esse é um grande engano. A região de Rondonópolis tem uma média de 900 pessoas que estão passando por tratamentos oferecidos pelo Hospital de Barretos. São pessoas que dependem de passagem, de hospedagem e alimentação naquela cidade, além de muita força para encarar esta tão terrível doença.
A Associação de Voluntários de Combate ao Câncer (AVCCR) contribui ao longo dos anos com o hospital, arrecadando recursos em nossa região. Afinal, além da bela ação beneficente, não podemos deixar também de dizer que se trata de uma troca. O leilão “Direito de Viver” têm sido o principal arrecadador para a AVCCR, e mais uma vez os membros da associação estão se desdobrando para fazer uma grande festa. A população, claro, sempre colaborou, e a expectativa é que para a próxima edição, colabore ainda mais.
Temos em nossa cidade um Hospital, que fica dentro da Santa Casa de Rondonópolis, e que é mantido com os esforços da Associação dos Pacientes Oncológicos (Apor). Temos também as pessoas que precisam se deslocar para o interior de São Paulo, e é dever de todos nós cidadãos colaborarmos com essas instituições, da forma como for possível.
O câncer não escolhe idade, gênero, cor, sexualidade ou conta bancária. Colaboramos hoje para que, se um dia acontecer conosco, possamos ter também com quem contar. Só quem já perdeu algum familiar ou amigo vítima dessa doença sabe como ela pode ser devastadora. A luta contra ela precisa de parceiros, seja um!