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Rondonópolis
 
 

São José do Povo e a praça

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A urbanização aumentou a distância entre as pessoas, lugares e restringiu as possibilidades de comunicações tradicionais, por exemplo, entre os vizinhos, no bairro, entre outras. Este processo acompanhado da individualização, em que o tempo passa muito rápido e as trajetórias de vida são restritas ao mínimo necessário (casa – trabalho – casa), as pessoas ficam cada vez mais distantes.
Pessoas que moram em cidades do interior, especialmente as pequenas, não percebem este processo com tanta intensidade. Vivemos uma realidade completamente diferente. Fazer caminhadas em locais abertos com segurança, aproveitar uma sombra, conversar com um amigo sem o risco de ser interrompido por terceiros, brincar com os filhos em parques, utilizar as academias da terceira idade, até mesmo encontrar as comadres para aquela fofoquinha saudável nas Praças. Se em Rondonópolis não são todos os lugares que podemos usufruir dessa tranquilidade, em São José do Povo a vida passa quase que lentamente. Pudera, lugar pacato em que para se estressar, só se for enjoando de toda essa calmaria.
A reportagem do A TRIBUNA do último sábado (24) mostrou que na cidade vizinha, a gestão Municipal resolveu construir um Centro de Referência de Assistência Social  (Cras) em umas das poucas áreas de lazer de São José do Povo, patrolando o local e derrubando árvores. Inquestionável a importância de um Cras, mas com outros espaços para a abrigar a obra, precisava ser justo na Praça Central de São José do Povo? A novidade deixou a população revoltada, especialmente pela falta de diálogo, como por exemplo a realização de audiência pública.
Embora a área que deve abrigar o Cras já tenha sido patrolada, nenhum tijolo foi levantado e é possível retomar as coisas do zero, conversar e decidir em conjunto o que é melhor para a cidade. E é isso que se espera, que os gestores tenham bom senso e saibam ouvir o que a população pede. Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, em que as pessoas preferem as relações virtuais perante as pessoas, e não se pode excluir os poucos locais onde as relações sociais e de amizade se fortalecem. Na praça da cidade, a garotada se encontra pra jogar futebol, vôlei, para praticar atividades físicas, beber tereré, jogar conversa fora, namorar e tantas outras possibilidades. Por mais áreas verdes, espaços públicos e de lazer!
É preciso que juntos, população e gestão pública, encontrem a melhor forma de ter o prédio próprio do Cras, sem que isso não interfira no bem estar de todos. Não parece tão difícil, parece mais questão de vontade.

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