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Rondonópolis
 
 

Município nega apoio

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O nome Recanto Fraterno não soa muito familiar para a população de Rondonópolis, por se tratar de um local que sempre fez um trabalho muito discreto, porém imprescindível, recebendo mulheres em situação de vulnerabilidade, que precisam de abrigo devido a violência doméstica e familiar. O local tem sido ao longo dos anos um refúgio para tantas pessoas, mulheres que, caso não tivessem sido acolhidas, poderiam nem estar mais vivas devido a violência de seus “companheiros”.
Infelizmente, no dia 20 de março o Recanto encerrou suas atividades, pela falta de recursos e de apoio do poder público. Conforme noticiado pelo A TRIBUNA na edição do último domingo (9), o repasse municipal para a entidade, de R$ 6 mil mensais, estava atrasado desde o mês de outubro de 2016. Embora várias negociações com a administração Percival Muniz, sem resposta, e várias negociações com a administração Zé Carlos do Pátio, sem liberação de recursos, o dinheiro não veio e a Casa precisou fechar as portas. Afinal, quem trabalha sem receber? Afinal, quem precisa acolher mulheres desesperadas? Pelo tratamento dado à Associação, percebe-se que tanto o ex-gestor como o atual estão pouco se importando com isso.
O fato é que devido ao fechamento da Casa, as mulheres que procuravam atendimento voluntariamente, ou que eram levadas por entidades que atuam com a defesa dos direitos das mulheres, estão agora sem local para ficar. Vergonhoso para Rondonópolis, enquanto a sociedade vive uma fase de mudanças, lutando contra a cultura machista que acaba resultando em agressões e assassinatos, e defendendo cada vez mais o direito das mulheres, o Município dá um passo para trás diminuindo a rede de atendimento. Não há políticas públicas locais e agora também não há o básico, o socorro. Esse é um problema social do município.
Temos uma necessidade urgente de fortalecer a rede de combate à violência. Precisamos de educação escolar, precisamos de confiança na Polícia Militar e Polícia Civil para denunciar a violência, precisamos de resposta do Judiciário contra agressores… Precisamos que o Estado e o Município amparem essas mulheres e criem oportunidades para que elas não dependam daqueles que promovem violência contra elas. Fica a torcida para que o atual gestor resolva a situação, para que Rondonópolis seja exemplo, e não mais uma cidade que trabalha contra suas mulheres.

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