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Rondonópolis
 
 

Na fila do emprego

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O desemprego no Brasil passou dos dois dígitos. De acordo com o IBGE, 10,2% dos trabalhadores brasileiros estão fora do mercado, sem ocupação. Rondonópolis, antes conhecida nacionalmente como uma terra de muitos empregos, agora, como as demais cidades brasileiras, enfrenta o mercado retraído. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o mês de março (o último pesquisado) registrou um saldo de -285 vagas na cidade. Até mesmo a agropecuária, sempre geradora de empregos, registrou saldo negativo. Construção civil, comércio… Muitas demissões, e contratações absolutamente tímidas. Quinze vagas ali, sete aqui, mas nada que possa mudar o quadro. No balanço geral, nenhum mês deste começo de ano apresentou saldo positivo. A crise é tão grande que até Rondonópolis, a “galinha dos ovos de ouro”, não resistiu.
Voltando ao âmbito nacional, cenas que vimos ainda na época do governo PSDB, comandado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, voltam a acontecer. Quem não se lembra das filas quilométricas registradas na década de 90, como por exemplo as que ofereciam vaga para gari no Rio de Janeiro, chegando a ter 15 mil candidatos. No governo Lula, goste você dele ou não, é fato que a situação melhorou, mas agora, as tristes situações voltam a ser percebidas agora, como homens e mulheres desempregados que lotaram a sede do Sistema Nacional do Emprego (Sine) durante a manhã de ontem (25) em Porto Velho, quando um grande tumulto, até com pessoas pulando os muros, aconteceu devido a um memorando interno com informações de vagas que foi divulgado nas redes sociais.
Diante de todo este cenário, um fato nos números do Caged chamou a atenção: no mês passado, o Brasil teve a maior perda de vagas formais para mes em 25 anos, mas a exceção foi a administração pública, com 4,3 mil vagas a mais. O país quebrado, em recessão, e a máquina pública contratando? Parece um tanto estranho. Há anos o inchaço da máquina pública é apontado como um dos fatores que fazem parte do rombo nas contas dos governos, e se até em tempo de crise as contratações continuam, não resta aos brasileiros acreditar que tem gente sobrando.
Aumento da taxa de juros, do preço da gasolina, da energia elétrica, do botijão de gás… Tudo subiu com a crise, mas o governo não conseguiu cortar da própria carne. Cortou onde não deveria, o que fez com que a presidente Dilma Rousseff perdesse o crédito até com seus próprios eleitores, quando abriu mão das bandeiras sociais defendidas para jogar no colo do povo a responsabilidade de uma crise profunda. Seja na esfera Federal, Estadual ou Municipal, nossos governantes parecem não ter interesse em abrir mão de cargos, quando se é possível suprir a falta de dinheiro enfiando mais contas no povo.

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