A força de uma emancipação

Em meio ao turbilhão de notícias negativas da crise político-econômica vivida no Brasil, a sociedade rondonopolitana recebeu uma notícia alvissareira na semana passada, dando esperanças quanto à consolidação da criação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). O fato é que a presidente Dilma Rousseff recebeu a minuta do projeto de lei que cria a nova instituição, restando assiná-la e encaminhá-la ao Congresso, o que poderá acontecer ainda esta semana que inicia.
Felizmente, o projeto de criação da nova universidade encontrou caminho fértil para avançar mesmo diante do momento triste que constatamos na política brasileira. Ainda não é a concretização desse sonho, mas a sociedade rondonopolitana está a cada dia mais próxima de vê-lo realizado. Nesses passos dados rumos à emancipação, o Jornal A TRIBUNA revelou, com exclusividade, na edição de ontem, 23, as estruturas necessárias para a criação da nova universidade.
Conforme exposto no projeto de lei e divulgado pelo A TRIBUNA, poderão ser criados 543 cargos, entre cargos de direção e funções gratificadas. Ao todo, o custo anual dessa nova universidade com pessoal, cargos de direção e funções gratificadas será de quase R$ 15 milhões, estando essa estrutura completa.
Com isso, de forma extremamente benéfica para Rondonópolis, além da geração de conhecimento científico, formação intelectual e de mão de obra qualificada, a nova universidade tende a gerar um grande ciclo virtuoso na economia local, considerando os pagamentos dos salários dos profissionais envolvidos, sem falar os benefícios indiretos com abertura de novos cursos e vinda de mais estudantes para a cidade.
Somente para exemplificar a expressividade desse montante a ser injetado na economia local, a folha de pagamento da Prefeitura de Rondonópolis, com mais de 5 mil servidores, em média, segundo divulgado pela municipalidade, é de cerca de R$ 8 milhões. Portanto, a Universidade Federal de Rondonópolis, quando estiver consolidada plenamente, deve ser a nova “galinha dos ovos de ouro” na economia local.
Os ganhos com a nova universidade serão muitos, ainda mais sabendo que algumas grandes indústrias fecharam as portas em Rondonópolis nos últimos anos. Contudo, o momento ainda é de luta: para que o projeto chegue ao Congresso e seja aprovado pelos parlamentares com a maior brevidade possível. Depois, a luta será para que a União não contingencie os recursos necessários ao bom funcionamento da educação superior no Brasil, o que prejudicaria a consolidação da estrutura necessária ao crescimento da UFR.
Ademais, por enquanto, temos muito a sonhar ainda…