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Rondonópolis
 
 

O problema das invasões

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A reportagem divulgada na edição de ontem do A TRIBUNA que retrata mais uma invasão em terreno na zona urbana de Rondonópolis, é sintomática. A questão de invasão de terreno, tanto público como privado, é algo comum em Rondonópolis desde o inicio da década de 70 até os dias de hoje. Quem vive na cidade sabe muito bem que essa questão é cíclica, geralmente as invasões ocorrem em dois períodos, no primeiro no começo de mandatos de gestores e o segundo período é justamente nos dois últimos anos, quem acompanha os bastidores deste setor sabe que pelo menos 90% das invasões ocorre com cunho político. Não queremos neste momento afirmar que a invasão registrada na edição de ontem do A TRIBUNA tenha esse cunho, até mesmo pelo fato de que oficialmente nenhuma liderança política se manifestou, mas o que estamos explorando neste texto é que a tendência em muitas dessas invasões é ter lideranças políticas explorando o fato.
Em muitos casos o político que patrocina ou até mesmo participa da invasão não está atrás do bem-estar público ou ajudar pessoas de baixa renda a realizar o sonho do ter um terreno ou até mesmo a casa própria, o interesse neste aspecto é geralmente um, ter em torno de si pessoas dispostas a trabalhar numa campanha futura como cabo eleitoral e de forma voluntária.
Pois o político que lidera uma invasão e consegue viabilizar o terreno para invasores vai cobrar em forma de apoio eleitoral o fato dele ter trabalhado para garantir o terreno.
O fato é que quando trata-se de um processo político de invasão não há projetos habitacionais ou de regularização fundiária capazes de atender a demanda, e neste aspecto pouco ou quase nada o poder público pode fazer para conter invasões.
A curto prazo a solução por parte do poder público é deixar as áreas públicas limpas e bem cuidadas, pois dessa forma não há motivos para invasões, já que a própria sociedade repudia esse tipo de ação em um terreno bem cuidado. Porém, quando uma área pública não é bem cuidada, suja e com mato, com certeza o ambiente fica propicio a ser invadido, e a sociedade incomodada com o terreno sujo não vai se opor de maneira radical à invasão. A mesma regra vale também para os terrenos particulares.

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