Os números da discórdia

A cada edição do censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se estabelece a  polêmica e principalmente reclamações por parte dos municípios, e este ano, ao que parece, não deve ser diferente, logo após a divulgação dos números preliminares por parte do Instituto as reclamações já começaram.
O grande problema para o inconformismo destes muitos municípios com a divulgação dos números está relacionado ao fato que muitos dos recursos federais chegam às cidades brasileiras baseados na média populacional, e desta forma uma queda ou um número abaixo do esperado, para muitas cidades brasileiras significa uma diminuição dos recursos.
A “briga” na realidade é estritamente financeira, se não tivesse em jogo recursos seriam poucos os municípios que iriam a público contestar o IBGE.
Por outro lado é bom lembrar que em algumas vezes alguns municípios recorrem e conseguem provar que há mais habitantes do que o divulgado pelo órgão que faz a contagem populacional. Isso ocorre geralmente em cidades ou regiões onde a própria população não contribui com o censo, ou em local onde realmente há falhas no trabalho (é bom deixar claro que não está em jogo a competência e a metodologia do IBGE, mas como é um trabalho extremamente complicado, os erros e falhas podem ocorrer).
O município de Rondonópolis, por exemplo, apresentou nessa primeira divulgação uma população de 189.975 habitantes e ficou abaixo do esperado, todos acreditavam que cidade poderia passar no censo deste ano da marca dos 200 mil habitantes. O prefeito Zé Carlos do Pátio e o vereador Adonias já deram provas que não concordam com esses números do IBGE, os dois acreditam que a cidade tem mais habitantes do que está sendo divulgado.
Com certeza terá, pois esses números ainda devem subir um pouco mais, já que até o dia 24 de novembro o IBGE pode fazer o registro nas residências que não foram contabilizadas, caso haja um simples telefonema por parte de moradores que não receberam o censo. Vale lembrar que cabe ao município, maior interessado nestes números, a fazer uma ampla campanha sobre a necessidade das pessoas comunicarem ao IBGE que não foram visitadas. Talvez desta forma podemos sonhar em ter 200 mil habitantes ou ficarmos mais perto deste número.