Aeroporto: novas perspectivas

Há quase um ano o Jornal A TRIBUNA iniciou uma das suas mais produtivas campanhas. No começo de novembro de 2009, denunciamos que o tão falado aeroporto de Rondonópolis, que “diziam” que podia receber até grandes aviões, na verdade, havia parado no tempo e sequer tinha autorização para receber aviões de médio porte. A população pôde cair na real e ver que o aeroporto local não acompanhou o crescimento da cidade e que estava repleto de deficiências e pendências.
Nesse período de um quase um ano, passamos a acompanhar a situação do aeroporto e a cobrar melhorias, entre os mais diversos segmentos. Desde então, felizmente, temos acompanhado uma série de benfeitorias no espaço. Inclusive, abrimos muitas discussões no Jornal. Uma delas foi da exploração do aeroporto pela Associação Comercial, assim como ocorre em Maringá (PR). A princípio, a Prefeitura de Rondonópolis não concorda com essa ideia, mas está aí uma discussão.
Temos de citar que a Prefeitura de Rondonópolis corrigiu falhas e avançou em muitos processos burocráticos junto à Anac. Este ano a cidade recebeu um caminhão especial – o AP 2 –, orçado em mais de R$ 1 milhão, em gestão do deputado federal Valtenir Pereira. Mais recentemente, noticiamos nesta sexta-feira (01/10) que a Prefeitura está preparando para receber uma fiscalização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), para decidir sobre o pedido de elevação do aeroporto para categoria 5, capaz de receber médios e grandes aviões.
Para ser elevado de categoria, o aeroporto municipal está recebendo uma seção de proteção contra incêndios. Outra pendência que terá de ser resolvida pelo poder público é a construção de um prédio definitivo para abrigar a seção, incluindo o caminhão. A elevação da categoria será essencial para que grandes companhias aéreas possam atuar em Rondonópolis. A partir daí, vai depender muito da demanda de clientes da região e da força política que temos. Nesse sentido, até o fim do ano, o aeroporto terá um novo terminal de passageiros.
Com o terminal pronto, outra boa perspectiva é a possibilidade do aeroporto local ter independência econômica. Isso será possível caso a Anac autorize a cobrança de embarques e desembarques de passageiros e de pousos e decolagens de aeronaves. Será uma importante fonte de investimento.
Reconhecemos que é o começo, mas ficamos felizes por estarmos participando nesses primeiros avanços do Aeroporto Municipal “Maestro Marinho Franco”, em Rondonópolis. Queremos noticiar ainda muitas conquistas sobre nosso aeroporto, evitando que nossa população tenha de recorrer ao aeroporto de Várzea Grande e à perigosa BR-364.