
O novo presidente da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), o engenheiro e arquiteto Laerte Costa, que assumiu oficialmente o cargo no último dia 20, usou uma analogia da medicina para definir a situação da empresa pública, que conta com mais de 600 trabalhadores e uma dívida superior a R$ 300 milhões, sendo que somente com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), conforme repassado, chega a R$ 198 milhões.
“A Coder está em tratamento paliativo”, disse Laerte Costa, ontem, ao A TRIBUNA. “Em medicina, cuidados paliativos são aqueles voltados para pacientes com doenças graves e incuráveis, com o objetivo de aliviar o sofrimento. É isto que estamos fazendo, tomando medidas para amenizar os problemas existentes”, comparou o diretor da Coder.
No início do ano, uma auditoria realizada pela Controladoria Interna da Prefeitura de Rondonópolis revelou que as dívidas da empresa pública ultrapassavam R$ 262 milhões. Porém, este rombo milionário herdado pela atual gestão pode ser muito maior, conforme Laerte.
“A dívida de 262 milhões levantada pela auditoria, no início do ano, já passa dos 300 milhões e o rombo pode ser maior por conta de ações tramitando na justiça. Estamos levantando esses dados”, disse.
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O arquiteto destacou ainda que a preocupação do prefeito Cláudio Ferreira (PL), desde o início da sua gestão é resolver a situação dos trabalhadores, que tiveram seus direitos trabalhistas “saqueados”, uma vez que não foram depositados os descontos do INSS e do FGTS.
“Desde o início, a preocupação do prefeito, que foi buscar auxílio dos órgãos de controle, como por exemplo o Tribunal de Contas do Estado, para salvaguardar os direitos dos funcionários, que foram ‘saqueados’ por outras gestões”, disparou Laerte Costa, observando que está em andamento uma mesa técnica no TCE, onde se avalia, no momento, um estudo para a liquidação da empresa.