
Um ano depois da suspensão das obras de sinalização das ciclofaixas, ciclorrotas e corredores exclusivos de veículos do transporte coletivo nas vias centrais da cidade, a prefeitura não informou se manterá o contrato de R$ 1,6 milhão com a empresa responsável pela obra e nem se o projeto será executado. Decisão que tinha previsão de ser tomada em 15 dias, segue um ano depois como um mistério.
O serviço foi paralisado pela prefeitura após pedido de entidades de classe, como a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir) que ficaram responsáveis por apresentar um estudo sobre o sistema ao Município em um prazo de 15 dias.
Ao A TRIBUNA, a Secretaria Municipal de Infraestrutura havia informado, no final do ano passado, que a retomada das demarcações ainda estava indefinida e o contrato não havia sido cancelado.
Procurada pela reportagem nesta sexta-feira (21), a pasta não havia respondido, até o fechamento desta edição, se o contrato ainda segue em vigor e se definiu sobre a retomada das demarcações. A Sinfra também não respondeu se recebeu o estudo das entidades.
A implantação das faixas exclusivas para ônibus, ciclorrotas e ciclofaixas foi anunciada ainda em junho de 2022, quando a prefeitura contratou a empresa M.A. Comércio e Serviços por R$ 1,6 milhão para execução do serviço. O contrato previa a sinalização horizontal e vertical nas principais ruas e avenidas da cidade para criar a nova estrutura.
A sinalização, contudo, começou a ser executada em maio de 2023 pela Rua Dom Pedro II, o que acabou gerando vários questionamentos e resistência de comerciantes da região central, que temiam ser prejudicados com a perda de estacionamento de veículos.
O caso chegou às entidades e à Câmara Municipal, que em uma ação conjunta, solicitaram que a prefeitura suspendesse a inserção das faixas e ciclorrotas por um período de 15 dias.
Esse era o prazo para que as entidades apresentassem um estudo de impacto com a implantação do novo sistema.
———— CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE ————
————————————————————————————
O projeto
Resultado de uma ação conjunta da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra), Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Setrat) e a Autarquia do Transporte Coletivo (AMTC), o projeto, segundo o município, visava dar mais agilidade ao transporte público de passageiros, com vistas à segurança e a mobilidade na cidade.
Pelo planejamento, estavam previstos a implantação de 24 quilômetros de corredores com faixas exclusivas para ônibus do transporte coletivo municipal e 22 quilômetros de ciclofaixas e ciclorrotas, somando as ruas: Dom Pedro II, Fernando Corrêa, Rio Branco, João Pessoa, Otávio Pitaluga, João Goulart, Rio Branco (trecho mão dupla). Além das avenidas: Bandeirantes, Dom Wunibaldo, Tiradentes, Marechal Rondon, Lions Internacional, Bandeirantes (trecho duplicado).
Na ocasião a prefeitura ainda explicou que os corredores seriam exclusivos para ônibus somente nos horários compreendidos entre às 6h e 8h e das 16h45 às 18h.
Mais um descaso com a população já que o recurso sai do nosso bolso. O que essa gestão fez foi só jogar nosso dinheiro fora! O trânsito continua péssimo, essas ciclofaixas não serviram p nada!!! E foi muito dinheiro com isso. Pra piorar a Câmara faz vista grossa para o descaso dessa gestão, para os prejuízos que estão sendo mostrados todos os dias: parques, praças, obras…só tem coisa mal feita.