Nova ferramenta de monitoramento do cerrado, chamada Sistema de Alerta de Desmatamento no Cerrado (SAD Cerrado) lançada esta semana pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), que detecta áreas desmatadas via satélite, aponta que, no primeiro semestre deste ano, 13 alertas de desmatamento em área do cerrado foram identificados em Rondonópolis, sendo que um deles ocorreu na Reserva Indígena Tadarimana.
Ao todo, o sistema apontou uma área de 92 hectares desmatada em Rondonópolis, em propriedades particulares, assentamentos e até reserva indígena. Nenhuma área em unidade de conservação teve desmatamento detectado.
A plataforma de monitoramento foi lançada pelo IPAM, em parceria com a rede MapBiomas e com o Lapig (Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento), da UFG (Universidade Federal de Goiás). O IPAM é responsável pelo desenvolvimento da tecnologia que funciona por meio de inteligência artificial e utiliza imagens do satélite Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, com resolução de 10 metros.
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Estão disponíveis os dados monitorados entre janeiro e julho deste ano, mas os relatórios de alerta do SAD Cerrado estarão disponíveis mensalmente. Neste período, a plataforma mostra ainda que em Mato Grosso foram detectados 4.192 alertas de desmatamento no cerrado, sendo que 333 alertas ocorreram em reservar indígenas, 16 em unidades de conservação, 6 em territórios quilombolas e 576 em assentamentos. Os demais alertas foram registrados em propriedades particulares.
A área total desmatada neste primeiro semestre em Mato Grosso foi de 38.857 hectares e, destes, 4.125 hectares estavam em reservas indígenas, 199 hectares em unidades de conservação e 4.300 em assentamentos. O restante foi detectado em áreas desmatadas em territórios quilombolas e propriedades privadas.
A maior parte desses alertas foi registrada na cidade de Paranatinga e a reserva indígena Paresi foi a que teve a maior quantidade de alertas para desmatamento do cerrado, com mais de 1.800 hectares suprimidos.
