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Rondonópolis
, 14 maio 2024
 
 

Pandemia: Mortes pela Covid-19 aumentam entre mais jovens e sem comorbidades

A maior parte dos internados pela doença em Rondonópolis têm entre 51 e 60 anos

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Na primeira fase crítica da pandemia em Rondonópolis, registrada nos meses de julho e agosto de 2020, a maior parte das pessoas mortas pela doença tinha mais de 71 anos – (Foto – César Augusto/Arquivo)

 

A pandemia em Rondonópolis registra mudança no perfil das internações e mortes pela Covid-19 nesta fase. Em abril, foi possível identificar alteração mais nítida baseada em levantamento das informações do Governo do Estado e da Prefeitura de Rondonópolis.

Houve aumento de internações entre pessoas mais jovens, com elevação, principalmente, na faixa etária compreendida entre 41 e 60 anos. Com relação aos óbitos registrados pela doença, também aumentaram consideravelmente a quantidade de pessoas que perderam a vida pela Covid-19 e que não tinham nenhum tipo de comorbidade de risco para a doença.

 

 

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Conforme levantamento realizado pelo A TRIBUNA nos boletins epidemiológicos da Covid-19 divulgados pelas secretarias Municipal e Estadual de Saúde, no mês de abril, a maior parte dos internados pela doença em Rondonópolis têm entre 51 e 60 anos.

Nesta sexta-feira (23), 23,81% dos pacientes internados na cidade tinham entre 51 e 60 anos. Já os pacientes com idade entre 41 e 50 anos representavam 19,05% do total das internações. Do total dos internados em tratamento da Covid-19, 57,14% são pessoas que não apresentam nenhuma comorbidade, frente a 42,86% com comorbidades.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES), mostram que nesta sexta-feira, Rondonópolis tinha 1 paciente com menos de 5 anos internado, 1 com idade entre 11 e 20 anos, 5 na faixa etária de 21 a 30 anos, 8 entre 31 e 40 anos, 16 pacientes com idade entre 41 e 50 anos, 20 pacientes internados entre 51 e 60 anos, 14 pacientes de 61 a 70 anos, 16 com idade entre 71 e 80 anos e 3 com mais de 80 anos.

Essa mudança de perfil de pacientes já vinha sendo relatada por estudiosos no Brasil. A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), por exemplo, em levantamento ainda no mês de março apontava aumento das internações entre pacientes entre 30 e 39 anos, 40 e 49 anos e 50 e 59 anos. Juntamente as internações, a Fiocruz observou que o número de infectados estava reduzindo entre os mais velhos e avançando entre os mais jovens. Segundo a fundação, até 13 de março, o aumento de infectados pela doença era de, respectivamente, 565,08% (30 a 39 anos), 626% (40 a 49 anos) e 525,93% (50 a 59 anos).

Situação dos óbitos pela Covid em Rondonópolis

Em relação aos óbitos registrados, também vem ocorrendo mudança no perfil. Na primeira fase crítica da pandemia em Rondonópolis, registrada nos meses de julho e agosto de 2020, a maior parte das pessoas mortas pela doença tinha mais de 71 anos.

Em julho, 28,95% dos óbitos ocorridos na cidade foram entre pacientes com 71 a 80 anos, e 21,93% de pessoas com mais de 80 anos. Em agosto, os números eram semelhantes, com 20,22% das mortes entre pessoas de 71 a 80 anos e 26,97% com mais de 80 anos.

No entanto, neste mês de abril, as mortes são maiores entre pessoas mais jovens. Entre os óbitos já registrados no mês, 26,83% deles foram de pessoas na faixa etária de 51 a 60 anos. Também ocorreu aumento de mortes entre pessoas de 41 a 50 anos (13,41%do total de óbitos) em abril, enquanto, por exemplo, em julho e agosto de 2020, eram de 12,28% e 6,54% respectivamente para a mesma faixa etária.

Aumento de mortes entre quem não tem comorbidades
A cidade tem registrado ainda aumento de pessoas mortas pela doença sem nenhuma comorbidade.

Nos meses mais graves da pandemia em 2020, quando foi notificado o maior número de mortos pela doença, julho e agosto, as pessoas que morreram em decorrência da Covid-19 com comorbidades representavam 61,4% e 76,4% do total de óbitos respectivamente.

Esse índice se manteve constante nos meses seguintes de 2020 e nos primeiros meses de 2021, quando em janeiro representavam 73,91% do total de mortes e em fevereiro 65%.

As mudanças neste perfil começaram a ser verificadas no mês de março, quando também ocorreu elevação na quantidade de mortos pela doença. Em março, 63,74% das pessoas que perderam a vida em decorrência da Covid tinham algum tipo de comorbidade.

Contudo, neste mês de abril, a situação foi bastante alterada e até esta sexta-feira, apenas 51,22% das pessoas que foram a óbito em função do coronavírus apresentavam algum tipo de comorbidade. 48,78% delas não tinham nenhuma outra doença (comorbidade).

 

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